Senhoras e Senhores,
Ódios gratuitos… Quem não os teriam? Em um mundo onde a tecnologia impera mais que o sentimento, ainda reinam sofrimentos e dores causados pela nossa invigilância. O que esperar de perseguições milenares sucessoras de vinganças muito bem planejadas? Difícil ainda vivermos como santos, embora tenhamos em nós o DNA Divino de quem nos criou, mas…
Você já se sentiu acuado? Sentiu-se pressionado por algo ou alguma coisa que você não vê mas apenas sente? Em momentos rotineiros sentiu-se sendo observado? Energias que você desconhece procura apoderar-se dos seus sentidos? Do seu corpo… da sua alma? Acredita na intervenção de espíritos na vida dos reles mortais em que faz parte? Se não sente, já é hora de ficar sob aviso. Algo está acontecendo à sua volta e você sequer imagina.
Allan Kardec perguntou aos Espíritos na pergunta 459, que o assistiam ante a Codificação se os espíritos influenciavam em nossos pensamentos e atos. Vejamos a resposta: “Mais do que imaginais, pois com bastante frequência são eles que vos dirigem”. Não seria a hora de pensarmos bem acerca de nossa religiosidade, no sentido desses espíritos não consigam acampar na nossa área mental? Existem alguns meios, mas hoje veremos apenas um e creio seja o mais importante.
Na clínica em que o grupo de Gúbio visitava acompanhando Margarida e o seu esposo, relatado por André Luiz em seu livro “Libertação”, pela mediunidade de Chico Xavier, vamos encontrar um senhor que na verdade estava sendo drasticamente influenciado por entidades desagradáveis. Essa influenciação era ao léu das provações a serem passadas? Ou algo mais influenciaria nesse processo de resgates a todo custo?
Vejamos essa citação muito interessante: “Este companheiro é austero administrador de serviços públicos. Na condição de mordomo e disciplinador, incapaz de usar o algodão da ternura em feridas alheias, adquiriu ódios gratuitos e silenciosas perseguições (…) desde muitos anos”. Muita coisa tem que ser analisada nessa citação referente aos ódios gratuitos. O que seriam eles para você? Como interpretarmos silenciosas perseguições? Já brincou com alguém e que esse alguém ficasse magoado e você não sabia gerando ódios gratuitos? Ou caso causasse infortúnios para alguém e esse alguém viesse a desencarnar perseguindo-o em espírito silenciosamente? Importantes perguntas, mas você saberia responde-las a contento?
Independente da sua crença, seja católico, evangélico, protestante e até mesmo espírita, devem colocar as barbas de molho. Se não as tem põe a cabeça mesmo. Mas brincadeira à parte, a nossa fé é bastante pequenina – bem menor do que uma semente de mostarda – no sentido de acreditar que algo ou algum espírito venha nos prejudicar. Não querendo desanimar ninguém eles estão com a corda toda, principalmente com aqueles que não acreditam nas suas investidas. Por isso a vigilância e a prece são armas poderosas para que esses irmãos inferiores não interfiram tanto em nossa vida particular.
Sabemos que o além-túmulo existe indiferentemente do que imaginamos dele ou que em nenhum momento acredita-se na sua existência. Com a morte física só termina mesmo é com o corpo perecível e temporário. Agora a alma é indestrutível. Nada a não ser pela vontade do Criador ela se aniquila. De forma alguma. Portanto essa citação acima casa-se perfeitamente a grandes reflexões.
Estando-nos em um mundo onde a violência ainda grassa entre seus habitantes, natural que ódios gratuitos sejam suas marcas registradas. E, morrendo o corpo físico o espírito, liberto dele, terá mais campo de ação à procura daqueles que, de certa forma, lhe fizeram mal. E essa ação será mais proveitosa para esses espíritos, principalmente quando os perseguidos não acreditem na imortalidade e consequentemente se esses espíritos venham a fazer mal à populaça encarnada. Novamente afirmo. Vem sim. Podem. Principalmente quando se encontram distantes da veracidade dessas anotações acima passarem pra esses como histórias de carochinhas. Pois é nos contos de fadas onde o lobo mau ataca os três porquinhos, a bruxa envenena Branca de Neve, as irmãs que maltratam Cinderela entre outros, existe uma ligação muito forte da maldade da humanidade encarnada nesses contos. Como podemos notar, o mal existe até mesmo em fábulas para crianças. Por isso é indispensável que os pais venham a educar seus filhos bem antes que nasçam, ou seja, iniciar a educação durante os oito meses de gravidez, contando-lhes histórias, colocando músicas para eles ouvirem, conversarem com eles, para que ao nascerem venham mais receptivos para as coisas boas da vida sentindo à sua volta o perfume do amor em seus estágios mais sensíveis.
Enquanto deixamos que a cizânia do mal estabeleça sua moradia em nossos corações, difícil não receber a visita indesejada e invisível desses seres das sombras. Eles não precisam nem procurar muito as suas vítimas, por que nós mesmos é que os atraímos para junto de nós, vivendo e fazendo parte da nossa vida em particular. Agora, eles sabendo as nossas fraquezas, quem irá mandar em nossos pensamentos são eles. Tendo o controle dos nossos pensamentos e sentimentos nada poderão fazer sem que o resultado seja do jeito que eles querem. Por isso o coração em sombras é propício para o alastramento da maldade, da intriga, dos descontroles, dos mandos e desmando e nós nem sequer imaginamos que nos tornamos marionetes deles tão facilmente.
Procure o mais rápido possível desenvolver órgãos necessários no sentido de passar a ouvir a sua consciência. Ela se nos livra de cada uma quando passamos a refletir em seus conselhos. Não é difícil escutá-la. Tenha alguns momentos de reflexão, ouvindo uma música instrumental como fundo, lendo um livro de mensagens edificantes, analisando seus pensamentos, pois que tudo é energia e sendo tudo energia ela irradia sombra ou luz onde encontrar vegetação favorável para espalhar o joio do mal, dos ódios gratuitos, das perseguições invisíveis. Creia o quanto antes: o espírito não morre e, não morrendo ele irá atrás de quem fez o bem ou mal aos outros. A sintonia aqui realmente reina incólume.
Ao invés de descermos de nível onde essas entidades se encontram, façamos ao contrário: Elevemos nossos princípios cristãos que já temos consciência no que tange ao socorro para com eles. Cada um tem um tipo de psiquismo diferente um do outro. Analisemos toda circunstância, toda oportunidade, toda situação onde discrepâncias humanas se fazem mais visíveis. Perquira as faltas alheias para que não caiamos nos mesmo erros. Para acertar não precisaremos cair nos desequilíbrios dos outros. Sejamos sábios agindo com a razão. E para refletirmos juntos deixo um pensamento do espírito de Crisóstomo que certa vez me disse: Meu filho: “Nem tudo que brilha é ouro; nem tudo que se vê é”. Com ele e comigo, Caro Leitor Amigo?
24/11/2022 – Até a próxima quinta-feira pessoal. Divulguem-na para nós.
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.