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Senhoras e Senhores,

                Pérolas aos porcos… “Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão“. Mateus 7:6. Difícil compreender essa passagem evangélica quando não compreendemos essa outra, as das sementes. Enquanto umas caíram a beira do caminho, os pássaros vieram e as comeram; outras caíram no meio das pedras onde havia pouca terra não se desenvolvendo; outras caíram entre espinhos e eles as sufocaram; e uma parte caiu em terra boa e deu bons frutos. Está em (Mc 4.10-12Lc 8.9-10).

            Todo homem que se interessa tão e exclusivamente pelos próprios passos sem saber realmente para onde vai, inconsciente, trilhando na majestade dos desejos no caminho ímpio, com certeza, os pássaros da avareza nesse transcurso lhe mostrarão a ilusão que caiu e que, até então, no momento, não tem como voltar atrás. Muitos assim agem maquinalmente à procura dos seus sonhos realizarem, independente de que precise pisar em pessoas que lhe pareçam desafetos aos seus princípios asquerosos e impenitentes. Esse caminho é por deveras perigoso, porque as energias sufocantes e alucinógenas são capazes de doutrinar toda e qualquer mente que porventura venha se interessar em interferir ou tentar burlar as Leis Divinas que nos regem.

            Por outro lado, existem aqueles que mesmo descrendo de tudo que diz, para ajuizar uma doutrina, não tem sustentáculos seguros por onde assegurar a fé que alimenta. São aquelas sementes que, caindo no meio de pedras, onde haviam pouca terra não se desenvolveram. Creio que supostamente alimentando ideias e ideais sacrossantos, muitos lidadores da palavra ainda não acharam a tábua de salvação que seria a terra e o adubo necessários para que a sua fé predominasse firme, segura e intocável. Podemos exemplificar aqui aqueles novatos de doutrina que se apaixonam ao primeiro momento numa crença e que, com o tempo vai apagando a motivação de engrandecer-se e purificar seus sentimentos ainda imaturos.

            Existem muitos agindo dessa forma acima. Reconhecem-se falhos, mas angariando seguidores da sua palavra passam a segui-los quais mariposas que se alucinam com o brilho das lâmpadas. Vindo a tempestade do desgosto, seus passos trêmulos pela rajadas fortes do desconforto estacionam pelo caminho onde desiludidos se deixam abraçar pelo comodismo e pela incredulidade. Com isso, seus sonhos se desfazem, procurando muitas vezes, trilhas que os levam sempre a servir não o Cordeiro mas a estirpe das sombras que mais vigilantes do que muitos religiosos os agasalham em seus braços trépidos, frios, ignotos. Passam, assim, a visitar todas as religiões procurando nelas o que se encontra trancafiado em seu coração. Religião nenhuma resolverá essa intranquilidade íntima se não lutar consigo mesmo para alcançar consciência necessária para combater o mal em todas as suas nuanças. Muitos até se tornam em ateus por não acharem guarida nas palavras de mentores que lhe enviam as vibrações necessárias para reerguer, levantar a cabeça e seguir sempre em frente.

            Seguindo esse meu raciocínio, vamos refletir o que Gregório diz a Gúbio: “Não disse o Cordeiro, certa vez, que não se deve lançar pérolas aos porcos?”. Muitos religiosos, esses também espíritas, não acreditam que nas Trevas existem escolas onde se estuda o Evangelho e as obras básicas de Kardec. O trunfo das trevas sobre nós está aí. Muitos devem estar pensando que, com esses rigorosos estudos, as trevas estariam se cristianizando. Ledo engano para esses que assim pensam. Ao contrário, eles estudam profundamente essas obras para saber, com acerto, onde atingir principalmente aqueles que acreditam que rezando ou frequentando Igrejas, templos e Casas Espíritas tão somente, estarão salvos das investidas dos adoradores dos dragões. Ledo engano, novamente.

            Podemos analisar aqui que Gregório não era qualquer um comandado. Ele tinha muita sabedoria religiosa, noções de passagens evangélicas, mas só que as usavam para desmistificar uma justiça que milhares de pessoas acreditam não existir na Terra quanto no Além.

            Outra coisa devo registrar aqui. Outra citação de grande relevância de Gregório: “Para cada pastor na Terra há mil porcos ostentando as insígnias da carne”. Podemos analisar essa citação para os dias atuais da seguinte forma: Para cada fiel na Terra, há mil pastores ostentando uma fé que não existe. Por que não? Vemos hoje representantes de muitas religiões ganhando dinheiro fácil através da fragilidade religiosa da população do planeta. Isso é liberdade religiosa? Tirando daqueles que não tem para enriquecerem-se em nome de Deus? Muitos fieis na minha visão, jogam com suas fraquezas, quais pérolas sagradas para os porcos que se designam representantes de Deus na Terra. Pobres diabos…

            Muitos se comprazem em dizer satisfeitos em uma crença, mas quando chega qualquer dificuldade ou que apareça alguém com mais distinção em sabedoria, trazendo novos ângulos do saber, suas palavras se tornam em espinhos que lhe venha ferir seu orgulho até antes inatacável. São aquelas sementes que crescendo entre espinhos, com o tempo se sufocam diante da verdadeira realidade de uma religião que é disciplina, trabalho e obediência aos Mandamentos do Senhor. Difícil, não é mesmo?

            Embora existem diversos caminhos com suas dificuldades e obstáculos, muitos cristãos movidos pela fé encorajadora e raciocinada, conseguem passar por entre eles, lançando novas sementes de religiosidade, quais novos semeadores de estrelas, onde se ganha muito em determinação, em humildade, em sentimento sempre voltados para o próximo, o nosso porto seguro onde iremos readaptar-nos a ter olhos de ver, ouvidos de ouvir, e coração para sentir as benesses das bem-aventuradas, noções de humildade à luz do Cristianismo Redivivo. Qual seria, aqui, a semente que mais o classifica como seguidor fiel do Mestre Jesus, Leitor Amigo? Poderia aqui ajuizar-se?

01/09/2022 – Até a próxima quinta-feira. Muita paz.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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