É certo afirmar que uma saudade imensa mergulha nosso coração quando perdemos para a morte nossos entes amados?
Mas vocês que leem meus humildes comentários semanais já pensaram que os nossos queridos, vencendo a morte através da Vida Eterna, também sintam essa separação, a princípio, tão desagradável? De fato a saudade é presente tanto aqui quanto acolá.
O amor verdadeiro entre Fábio e a sua esposa narrado na semana passada, transcendeu o túmulo. E após as primeiras sensações de uma nova vida, o esposo teve uma surpresa.
Enquanto o corpo de Mercedes descansava no natural fenômeno do sono, foi levada por amigos espirituais até a presença de seu esposo. Lágrimas de um quanto de outra transbordavam de felicidades. O amor realmente vence todos os obstáculos que a morte venha se colocar diante dos filhos de Deus.
A esposa dedicada passava ao marido notícias dos filhinhos queridos. Ela o informava que o seu lugar à mesa se encontrava vazio, mas intimamente ligada no Evangelho Redivivo, colocou Jesus em seu lugar para fortalece-la ainda mais nos embates da vida terrena.
E o esposo emocionado pelas notícias, disse-lhe para fortalece-la em seus sentimentos de marido que a morte não interrompeu:
“Eu sinto falta da sua presença, de sua ternura, da carícia de nossos filhos…”.
Muitos devem pensar: Espírito sente saudades daqueles que deixaram na Terra? Não termina tudo com a morte? A vida terrena tem para todos nós uma data de validade, porquanto, a Vida Eterna tem lá os seus encantos, as suas surpresas, as suas aspirações para aqueles que dela volvem no sentido de recapitular o que fez e o que ainda falta para concretizar antigos desejos do espírito cônscio da sua situação de aprendizado.
Quando aos poucos se vai recuperando a consciência após a passagem física, o espírito vai relembrando dos familiares, dos amigos, das coisas que fazia, isto é, se for bom para ele próprio.
Devemos observar aqui também que segundo a evolução do espírito, e, reconhecendo as lutas intestinas dentro de lares onde não mais se tem o pai querido e o marido bem amado, ele procura oportunidades para que a esposa – viúva – encontre outro companheiro para que lhe possa trazer-lhe novas bênçãos de felicidade.
Ao contrário do que acontece, muitos pares quando desencarnam e quando possam regressar ao mundo físico deixado, não aceitam que a esposa ou o marido possam refazer sua paz íntima ao lado de outra ou de outro. Em outra citação poderemos compreender melhor meus comentários dessa semana. Vejamos:
“A morte não faz milagres. Retomar a lembrança é também serviço gradual, como qualquer outro que envolva atividades divinas da Natureza”.
Aos poucos se vai compreendendo o sentido da vida ante a Vida Eterna, segundo, claro, o conhecimento e a compreensão das Leis de Deus em nossas vidas. Entendidos, Leitor Amigo?
Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.
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