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Aquela porta… Existe dois momentos nessas palavras que intitulam meu comentário da semana. Quando você resolve bater à porta do saber e do conhecimento ela se abrir-se-vos-á, mas não para todos. E quem sabe nem para você mesmo. E você me perguntará: Por que não abrirá para mim? E respondo: A questão é merecimento. Já pensou antes de pedir se teria merecimento para tanto? Não é só querer desejar que todas as portas irão abrir para nós. Não. Até mesmo para nós voltarmos a ter um corpo de carne é necessário ter merecimento, até mesmo nas inadiáveis reencarnações compulsórias.

            O que diz sua consciência a respeito? Isento de todas as conquistas aparentes no mundo, teria algo ou alguma coisa que poderá doar para alguém? Não o que venha sobrar dos seus celeiros abarrotados de dinheiro, de ideais, de ideias, de conquistas, mas daquele grão de mostarda que também irá fazer falta para você também. Já pensou nisso?

            O caso Margarida estava quase ao fim. Conquistas merecidas para o bem. O enfermeiro, irmão de Elói, que não encontrava saída para sua maldade, matando a conta-gotas o filho de Leôncio para participar da herança deixada pelo marido, suplicou aos gritos para Gúbio: “Quero ser bom, mas não posso… Tento melhorar-me e não consigo…”. Creio que a história de Felício irá se encaixar a muitos que só dizem Senhor!!! Senhor!!! Agindo como a crianças, a procura de um milagre. Com certeza não virá. Sabemos que não é dessa forma que as Leis Divinas agem em nós. Muita coisa há por trás de um simples pensamento de melhoria interior.

            E o enfermeiro acrescenta: “E o dinheiro? Como resgatarei os débitos contraídos? Sem o casamento com Avelina, a solução é impraticável”. O que não faz muitas pessoas por dinheiro, não? Creio que até vender a própria mãe eles não hesitam por desejar certa quantia de dinheiro. Mas o problema aqui é que ele estava matando uma criança que não tinha nada a ver com a ganância doentia do enfermeiro. Será que a própria consciência não procurou despertá-lo para futuro infanticídio? Claro que sim, mas que procuramos, na maiori das vezes, não ouvi-la para que seus conselhos não menoscabem os desejos mortais que passamos a alimentar.

            “Os atos de cada homem e de cada mulher arquitetam-lhes os destinos”. Com certeza. Todo vício é prejudicial para o homem imprevidente. Tudo que vai de encontro ao equilíbrio do Cosmo atenta, ferozmente, com a vontade do Criador. Muitas vezes alimentamos determinado vício de caso pensado. Hoje em dia é difícil dizer que não sabia o que estava fazendo, a não ser que esteja sofrendo, drasticamente de problemas mentais. E quem não estaria, não é mesmo?

            Nem tudo que passamos nessa existência, estaria “escrito” no livro dos nossos destinos. Às vezes, os sofrimentos angustiantes que travamos no nosso dia a dia, são questões de fórum íntimo dessa existência mesma. “Somos responsáveis por todas as deliberações que perfilhamos  ante os programas do Eterno…”. Sábias palavras de Gúbio  ao enfermeiro arrependido. Seremos sim, caçados, vamos dizer assim, pela nossa consciência no sentido de sentarmos na cadeira dos réus para responder por atos insanos que mergulhamos muitas vezes de cabeça sem olharmos as suas consequências. E aqui, não adiante lamúrias e choros pois os débitos são lavrados automaticamente.

            “… a fortuna é umas coroa pesada demais para a cabeça que não sabe sustenta-la  e costuma arrojar a poeira, através do cansaço e da desilusão todos aqueles que a senhoreiam, sem horizontes largos de trabalho e benemerência”. Belíssima citação essa. Sim. Antes não tê-la para não causar danos às pessoas queridas que gravitam o nosso universo interior.

            Difícil equacionar limites quando estamos sendo teleguiados por forças invisíveis que na grande maioria desconhecemos ou não queremos acreditar que elas existem. Outro consenso é que nem sempre eles vem até nós no sentido de fazer parte do banquete de maldades externamente expostas pra que o julgamento de uns esteja apropriado à nossa sentença. Nós mesmos é que os atraímos a conviver na mesma psicosfera onde o mal nos une. Creio que essa permuta se faz incessante mesmo até com muitos espíritas, por que não? não devemos considerarmos isentos das investidas das sombras. os Espíritas, principalmente é que serão alvos da população das sombras por ssber-lhes das suas intenções muitas delas malbaratadas. Portanto, toda vigilância e prece é sempre benvinda.

            “… Jesus crê na cooperação dos homens, tanto assim que nos tolera as imperfeições renitentes até que aceitemos o imperativo de nossa conversão pessoal ao supremo bem”. E haja paciência, não é mesmo? Há quantos milênios vem o Mestre tentando ainda mostrar o caminho do Calvário como objetivo único do homem na Terra! E quanto outros milênios necessitarão para que possamos acordar desse alucinógeno nocivo que nos envolve as fibras da razão e do sentimento? Quem somos na atual existência? Personalidade ímpar à procura de reajustamento espiritual? Ou simplesmente marionetes de forças obscuras que estão a nosso encalço há eras e nada fazemos para que essas sombras se dissipem do nosso Modus vivendus?

            Somos o que pensamos… É fato… É lei… Enquanto estivermos ausentes da responsabilidade de seres abençoados pela raciocínio vago, insipido, asqueroso, de nada valerá nossas preces – quando feitas – porque nosso mundo íntimo se encontra impregnado por miasmas de difícil libertação. Difícil por enquanto sermos nós mesmos em um mundo onde todos nós usamos máscaras para esconder nossa verdadeira personalidade. Conheça-te a ti mesmo e reconhecerá o quanto ainda terá que corrigir seus desequilíbrios depois – claro – de aceitá-los.

            Temos a liberdade de pedir. Peçamos o bem, para o bem e com o bem. Com ele, poderemos fazer maravilhas, verdadeiro concerto com as almas iluminadas que conosco acompanham os passos mesmo à distância, porque não que elas não desejem aproximar de nós. Nós, sim, é que procuramos distanciar delas.

            Vamos buscar o que na verdade nos interessem, no sentido de sempre estar prontos para os reveses da caminhada que, sabemos, não são poucos. Não estamos num clube recreativo para arrefecer – em vão – nossos apetites morais incontroláveis. Façamos nossa parte para que o Cosmo nos abençoe a escolha mais acertada. Espero que estejamos prontos quando Jesus vier a bater na porta do nosso coração. Deixemo-Lo entrar. Vamos igualar sentimentos nobres o quanto antes. Façamos valer nossa alegria em auxiliar aqueles desorientados nos caminhos das satisfações efêmeras e passageiras.

            O carnaval… Bem… Está aí… E veremos barbaridades inimagináveis serem praticadas. É inadmissível enquanto muitos se satisfazem de uma alegria retrógrada enquanto muitos irmãos morrem de maus tratos, de fome, de abandono de uma sociedade que quer ver apenas lucros abarrotando em seus bolsos. Não sejamos hipócritas nesse sentido.

            E para reforçar minhas palavras ao parágrafo acima sobre o carnaval, vamos refletir nas palavras de Emmanuel, no livro “Cartas do Alto”, Cap. 74, pelo médium Chico Xavier: “Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho”. Comigo e com ele, Caro Leitor Amigo?

16/02/2023 – Boa tarde pessoal. Até a próxima quinta-feira. Favor divulgar para nós. Gratidão.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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