Pessoal, no final dessa matéria tem um link do Youtube para ouvi-la.
Aos seguidores de Chico Xavier, meu Salve.
Evangelho no Lar… Muitos não sabem ainda dos seus sagrados benefícios. A tecnologia acreditada, de ponta, separou pais e filhos numa hecatombe de miséria humana, onde lares se tornaram em uma arena sanguinária e mortal. Milhares de nós, sequer pensa em algo positivo. Ninguém quer fazer a Caridade. Sequer pensa em Deus, não imaginando ou não querendo aceitar que apenas com um sopro, Deus pode tirar tudo que conquistaram, materialmente falando. Difícil, hoje em dia, ver famílias reunidas numa mesa. Compartilhando suas dúvidas, seus medos. Difícil vê-las almoçando ou tomando o café da tarde. Tudo hoje é em nome da competitividade destrutiva e doentia, indiferente de que isso venha afetar, sistematicamente, o contexto das pessoas sob um mesmo teto. Uma pena.
Nesse capítulo André Luiz em seu livro “Entre a Terra e o Céu”, através das mãos abençoadas do saudoso Chico Xavier, nos faz prender a atenção quanto à uma casa abençoada pela Espiritualidade Superior no ar. O culto no Lar é uma ferramenta importantíssima em cada família, para que se possa, seus componentes, atinarem-se nos erros, nos vícios, nas tendências inferiores em que a sociedade em si, não tem obrigação de sentir a violência declarada pela falta de compreensão, zelo, conversação sadia quanto aos deslizes que maculam ambas. A equipe de Clarêncio vai até a residência de Júlio, o filho morto pelas esposas de Amaro, nos planos espirituais, mas antes deram suporte à família de Antonina com seus três filhos adolescentes.
A matrona desse lar, pediu a filha mais jovem, fizesse uma oração. Depois da prece sentida, D. Antonina pediu um dos meninos para abrirem o Evangelho para meditarem nas palavras da noite. E a passagem evangélica a ser comentada naquele culto foi de Mateus – Cap. 18: 21 e 22 que fala sobre o perdão. Sabe-se o quanto é difícil perdoar e pedir perdão, mostrando que não há limites para a Misericórdia de Deus. Devemos perdoar não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete vezes cada uma das ofensas.
Reconhecendo um pouco confuso sobre os versículos citados, a matrona procurou sintetizar com simplicidade a questão do perdão. Vejamos: “Quem não sabe desvencilhar-se dos dissabores da Vida, não pode separar-se do mal. Uma pessoa que esteja parada em lembranças desagradáveis caminha sempre com a irritação permanente”. Bastante significativa essa explanação. O perdão não é apenas um ato, mas uma atitude de coração. Devemos perdoar não porque o outro merece, mas porque fomos perdoados por Deus, e esse amor deve se refletir em nossas ações.
E para esclarecer melhor o assunto, a matrona continuou: “Uma pessoa que não sabe desculpar vive comumente isolada. Ninguém estima a companhia daqueles que somente derramam de si mesmos o vinagre da queixa ou da censura”. Esses versículos destacam a necessidade de perdoar, mesmo quando é difícil. O perdão não é apenas para o benefício do outro, mas também para a nossa própria liberdade emocional e espiritual.
E, complementando o seu raciocínio sobre o perdão, D. Antonina orienta seus rebentos: “A alma que não perdoa, retendo o mal consigo assemelha-se ao vaso cheio de lama e fel. (…) Se apresentamos nossa mágoa a um companheiro dessa espécie, quase sempre nossa mágoa fica maior”. É uma bola de neve que, com o tempo, não conseguiremos segurar até que ela nos atropele. O melhor remédio é calar nossa boca, procurar exercitar o dom do perdão e seguir em frente com a consciência tranquila. O perdão não é fácil, mas é essencial para vivermos em paz. Estes versículos nos incentivam a deixar de lado o orgulho e a mágoa, mostrando que o Amor e a Misericórdia de Deus devem guiar nossas interações com os outros, desde que nos perdoemos também.
E para mostrar aos filhos a devoção que eles deverão ter para com seus pais, ela elucida para terminar o culto daquela noite: “A Lei enviada ao mundo não estabelece que devamos analisar a espécie de nossos pais, mas sim, que nos cabe a obrigação de honrá-los com o nosso amoroso respeito, sejam eles quais forem”. E pensar o que muitos pais fazem com os filhos é de deixar até Deus envergonhado.
Platão tem um pensamento bastante elucidativo que irá abrilhantar esse meu comentário. Vejamos: “Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro. A real tragédia da vida, é quando os homens tem medo da luz”. Interessante esse pensamento platônico quanto às consequências de um lar desprovidos da candeia das lições redivivas do Evangelho, como também do que transformará os homens quando passarem a duvidar da sua própria existência. Comigo, meu Caro Leitor Amigo?
12/10/2023 – Até a próxima quinta-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Gratidão.
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.