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Senhoras e Senhores,

            Consciência e Remorso… Casal que andam sempre juntos… Sorrateiros em tudo. Observam nossas interações – humano com humano, espírito com espírito – sem se alarmarem. O que seria mais difícil para você: Ouvir a própria consciência mesmo a contragosto ou se entregar pelo remorso com choro e ranger de dentes? Uma e outro nos convida a refletir sobre como anda lá a nossa vivência e convivência na estadia temporária no corpo físico com o nosso semelhante… como também fora dele.

            Mas o que vale aqui tanto quanto a consciência seguida pelo remorso é a nossa memória. Ela pode nos ser diva de pensamentos tarimbados no caráter digno ou vilã dos nossos desconcertos morais ante pequenos e grandes delitos que nos tornam, ainda, como foragidos da nossa própria presença. Já pensou nisso?

            Vamos analisar o que Gúbio nos diz a respeito dela relatada no livro “Libertação” recebida pelo médium Chico Xavier. Vejamos: “A memória é um disco vivo e milagroso. Fotografa as imagens de nossas ações e recolhe o som de quanto falamos e ouvimos…”. Como podemos observar aqui, não temos como fugir dos nossos desacertos tanto encarnados quanto desencarnados. Esse trio – Consciência, Remorso e Memória – é uníssono na verdade do que realmente somos e fazemos. Nos tornaremos em réus confessos dos próprios pensamentos, da própria palavra se continuarmos agirmos como tal. Vocês sabem o que etou querendo dizer. Nada poderemos esconder de nós mesmos. As Leis Divinas é pois justas para com todo espírito. Nada de desenganos… nada de imperfeições nas engrenagens do infinito… nada de sombras eternas em nosso caminho, pois somos centelhas do Criador. Se as cultivamos hoje é que a nossa consciência se encontra ofuscada, ainda, aos descontroles que ainda alimentamos.

            Complementando a citação acima: “Por intermédio dela – a consciência – somos condenados ou absolvidos, dentro de nós mesmos”. Fantástica essa citação, não? Nada escapa de nossa consciência o nosso comportamento, os nossos desequilíbrios, as nossas inclinações, os nossos erros, até mesmo as nossas poucas virtudes trabalhadas. O Universo estará sempre a nosso favor, embora o consideramos como um malfeitor insensível. Por isso antes de nos sentenciarmos a réus confessos, analisemos bem nossos atos. Não faltemos com o nosso testemunho pelo que hoje somos e que almejamos ser bem melhores amanhã. Nada encerra numa alma que se dedica na própria transformação moral.

            O quanto usamos do tempo para coisas em que os instintos se esbaldam sem a devida saciedade! Quanto mais os alimentamos, mais eles nos forçam a admitir carências de compostos sugestivos da vontade em destempero. E para tornar esse meu raciocínio mais interessante, vamos analisar outra citação de Gúbio onde ele e André Luiz se encontravam numa clínica psiquiátrica. “A vida não pode ser considerada na conta estreita de uma existência carnal”. Positivamente sim. Muitos irmãos em humanidade ainda se deixam dominar pelo alucinógeno da dúvida, da indiferença, da falsa análise quanto à própria espiritualidade.  

            A vida não pode reduzir-se a sessenta, setenta, oitenta anos num corpo perecível. Isso é um milésimo de segundo no tempo-espaço da Eternidade que nos viu, nos vê e nos verá nascer, morrer e renascer incontáveis números de vezes até que venhamos nos aprumar na Ordem Cósmica das transformações indispensáveis ao nosso desiderato de nos tornarmos novamente em espíritos de luz. Todos nós temos essa possibilidade. Mas para cada consciência assimilar determinada matéria na Universidade da Vida demanda estudos mais profundos do “Conheça-te a ti mesmo” como também repetições várias de ensinos até que possamos caminhar com os próprios pés na senda da purificação espiritual.

            Várias tramas seculares nos imprimem em nosso perispírito o fardo que ainda carregamos. Não é fácil aliviá-lo um pouco entre uma reencarnação e outra. Sendo espíritos sugestionáveis, somos comandados muitas vezes por desafetos de antigas existências que farão de tudo pra nos derrubar nos charcos da própria demência. Quem seria quem a vítima nos meandros da consciência que ainda carrega egos vários sempre em conflitos com as nossas ações desmembradas em tristes capítulos de loucura na presente encarnação? Abraçamos conscientes ou não todas as ideias que nos cativa a personalidade. Sem análise, atraímos para nós sombras e desespero, choros e delinquência pelo simples fato de não aceitarmos mudanças, reciclagens, transformações que nos tornem homens mais civilizados em espírito e verdade.

            Com isso em nosso contexto de civilidade “Não adianta retirar a sucata que perturba um imã, quando o próprio imã continua atraindo a sucata”. Somos esse imã. Como disse, não aceitamos um direcionamento que nos desocupe de dogmas e rituais alimentados por nossos antepassados quanto o assunto é religião. De geração em geração apregoamos seguidores fieis do Cristo, mas quando chega a hora do testemunho, nos escondemos por traz das nossas aquisições familiares e profissionais egoisticamente saturadas.

            Não procurando ouvir nossa consciência, nos tornamos cegos direcionando outros tantos para o mesmo abismo. Lutas externas são travadas sem contento, pois enquanto sobreviver em nós a lisonja, a malquerença, o ópio da insensatez, essas batalhas se tornarão mais acessíveis aos nossos órgãos mais sensíveis do coração e do cérebro.

            Em resposta à nossa invigilância, o remorso vem a galope atropelando nossas aquisições superficiais de sentimento, onde a cristandade se medra em conceitos mais puros. Não conseguiremos escalar a montanha do conhecimento sem os apetrechos que nos proteja dos obstáculos da subida ou da queda.

            Lembremos não nos posicionarmos como aqueles que apenas clamam: “Senhor… Senhor…”, e nada fazem na estruturação do Bem Maior a ser praticado, pois será através dele que se construirá um mundo mais receptivo com as benesses da Espiritualidade Superior. Poderemos até quem sabe sermos auxiliados por irmãos de outras esferas ou planetas espirituais, vulgarmente chamados Extraterrestres? Por que não? Você acredita na existência deles? Eu acredito porque já os vi.

            O mundo em si irradia para o Espaço Sideral as energias que alimentamos. E olhem que essa energia viaja a velocidade da luz alcançando outros mundos tanto do nosso sistema solar quanto de outros aglomerados estelares. Nossa memória “Fotografa as imagens de nossas ações e recolhe o som de quanto falamos e ouvimos…”. Imagens e sons navegam no oceano do Infinito qual nave mental a procura de um Porto Seguro. E assegurados no aconchego dos braços de Jesus, proclamaremos todos juntos: Venci o mundo… Venci no mundo… Comigo, Caro Leitor Amigo?

17/11/2022 – Até a próxima quinta-feira pessoal. Muita paz.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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