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Senhoras e Senhores,

            Lagartas… Até quando iremos nos arrastar no pântano da ignorância? Hoje ela, nem tanto, não é mesmo? Temos todos os meios lícitos para entrarmos no casulo das reflexões mais sensatas no sentido de nos apresentarmos para o mundo como espíritos mais leves portando as asas da sabedoria e do sentimento. Quanta leveza, não?

            O que nos falta ainda para ganharmos essas asas senão, boa-vontade, conhecimento de causa, espírito de Caridade, força de vontade em agir mais com as mãos do que em palavras? Nos portamos hoje quais aleijados ainda necessitados das muletas da compaixão alheia onde ainda o “eu” se faz presente no contexto de espiritualização do próprio espírito. Quem seriamos, pois? Ou, melhor dizendo, que somos nós? Creio que quanto mais conhecimento das coisas a fazer, menos espiritualidade no agir. Até quando mendigar fatores de consubstanciação religiosos onde ainda nos colocamos como os mais coitadinhos estando-nos de barriga farta de compreensão?

            Continuando com a análise da médium respeitada em um grupo mediúnico na Terra e a sua invigilância quando liberta temporariamente do corpo físico através do sono, ela se entrega aos supostos protetores. Vejamos algumas citações do livro “Libertação” de André Luiz através da mediunidade do saudoso médium Chico Xavier em que os malfeitores a ela instiga em seus pontos fracos: “Com que então, Dona Isaura,  (…) a senhora tem sofrido bastante em seus respeitáveis sentimentos de mulher…”. Esse não é apenas o ponto fraco chave dessa médium, mas também de todos nós insatisfeitos na condição que ora nos situamos no mundo. Sofrimentos acerbos se nos torna em caminhos repletos de espinhos, tornando-nos incapazes de agir com prudência, com determinação quanto ao avanço indispensável para o nosso progresso espiritual. E muitos de nós cai nessa armadilha sutil mais vantajosa para os inimigos que nos testam nossa vigilância e as nossas preces.

            Achando alguém que pudesse paparicar suas dores imaginárias e infantis ela se entrega aos seus obsessores: “… sou um dos Espíritos que a “protegem” e sei que o seu esposo lhe tem sido desalmado verdugo”. Aqui além de fortalecer seus delírios de sofredora, eles ainda atentam nas fraquezas do marido que a meu ver não era o santo que apresentava em sua casa. Como as trevas sabem lidar com a fragilidade humana!… Deixando abertas as portas do nosso mundo íntimo eles adentram nele e, possuidores de magnetismo ferrenho, toma o comando fazendo com que suas vítimas se transformem em seus marionetes submissos em todos os sentidos. E isso podendo acontecer no meio espírita, principalmente, pode-se tornar realidade em todas as crenças religiosas que só observam apenas o próprio umbigo.

            Fortalecendo seu ego doentio ela grita nesse momento molestada em seus princípios de mulher e esposa à frente do marido inconsequente. E os obsessores jogam mais querosene na fogueira: “Por vezes, em plena oração, entrega-se a pensamentos de lascívia, fixando senhoras que lhe frequentam o lar”. É fato principalmente nos tempos atuais com a tecnologia de ponta onde todos nós poderemos acessar salas de bate-papo que para mim chamaria de Salas de encontros sexuais. A infidelidade cresceu assustadoramente. Maridos e esposas descontentes com o casamento se aventuram com pessoas estranhas de mesmo sexo ou não, na tentativa, em vão, de preencher o vazio encontrado não somente no lar, mas sim, neles mesmos.

            E para fortalecer meu pensamento no parágrafo acima, vamos refletir no que Sidônio relata para André Luiz: “O ciúme e o egoísmo constituem portas fáceis de acesso à obsessão arrasadora do bem”. E quem de nós não estaria isento de uma obsessão não é mesmo, não somente de desencarnados terríveis, mas também por familiares e amigos que, também achando nossas fraquezas, aproveitam para ter o domínio do nosso campo psíquico sem um tempo determinado de término. Quantos casais hoje em dia casam sob a pressão de famílias tradicionais que não respeitam as escolhas dos próprios filhos e da sociedade cruel com seus mandos e desmandos na alimentação de uma casta “perfeita”. Daí as traições, as infidelidades, as tragédias e mortes em muitos lares incipientes de uma melhor espiritualização moral, pessoal e religiosa.

            E levando seu poder hipnótico agora para o lado espiritual, os obsessores da médium em questão lhe revela: “Abstenha-se de receber-lhe  o séquito  de companheiros hipócritas, interessados em orações coletivas, que mais se assemelham  a palhaçadas inúteis. É um perigo entregar-se a práticas mediúnicas, qual vem fazendo em companhia de gente dessa espécie… Tome cuidado!…”. Aqui vale ressaltar a vigilância não apenas de um médium, mas de todo um grupo mediúnico, pois que pode acontecer em muitos casos de afetar o Centro Espírita ao tal ponto de fecharem suas portas ou, então, quando não conseguem tal desiderato, obsidiarem, juntos, trabalhadores e frequentadores necessitados que adentrem suas portas. E quem seriam aqui os mais necessitados? Toda vigilância aqui é pouca.

            E para que a sua total dominação ganhasse o êxito esperado, o obsessor inteligente lhe aborda mais intimamente: “A senhora não nasceu com a vocação do picadeiro. Não permita a transformação de sua casa em sala de espetáculo. Seu marido e suas relações sociais exageram-lhe as faculdades. Precisa ainda de longo tempo para desenvolver-se suficientemente”. Está aqui a origem do título desse comentário de hoje. A transformação da lagarta em borboleta há muito está sendo adiada por questões de foro íntimo, social e religioso. Até quando então nos conservaremos em lagartas rastejando nos brejos revoltos onde o trigo procura desvencilhar desse aprisionamento, não assumindo o joio alimentado como nosso, os nossos erros, nossas querelas sentimentais, nossos arremedos de cristandade, de religiosidade, de fidelidade para com Deus e para com o nosso próximo? Já pensou nisso?

            Não poderemos acomodar nas mistificações inconscientes em que nos empenhamos tão bem diante de familiares, amigos ou na sociedade a qual fazemos parte. Nosso potencial de consciência está bem além dessas sujidades que ainda nos aprisionam nos calabouços da falsa modéstia. E gostamos de nos sentir podres por dentro não é mesmo, senão já teríamos mudados. Contudo, somos mais do que isso. Somos espíritos eternos que, com muito esforço da nossa parte, de cada um de nós, conquistaremos os laureis da Inteligência mais apurada. Façamos, pois, algo de bom com ela. O primitivismo é página virada. Vamos escrever daqui pra frente o que de melhor dita o coração agradecido e mais feliz com as dádivas que o Criador nos oferece como meio de reformarmos nosso campo mental. Nos tornemos bons primeiro conosco mesmos, para que assim, de alma lavada, possamos contribuir para que o Bem Maior possa dar Ibope de esclarecimento voltado exclusivamente para a melhoria espiritual do planeta.

            E para que possamos refletir sobre o assunto, vamos analise esse interessante pensamento de Richard Bach: “O que a lagarta chama de fim, o Mestre chama de borboleta”. Pronto para sair do casulo das incertezas, ganhando o universo com as asas da confiança e da fé, Caro Leitor Amigo?

23/03/2023 – Até a próxima quinta-feira pessoal. Favor divulgar para nós. Gratidão.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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