Senhoras e Senhores,
Anjos… Procuram exercer em nós as virtudes mantenedoras da paz de espírito a que tanto sonhamos conquistar, mas que não a desejamos, porque irá nos tirar da ociosidade espiritual a que nos envenena as engrenagens da compreensão e do entendimento. Que seres iluminados são esses que tem em nós a esperança, a paciência e a renúncia em nos vermos um dia lado a lado socorrendo irmãos tão necessitados quanto nós?
Continuando com a palestra de Matilde, mãe amorosa do espírito Gregório reinando nas Trevas, relatado no livro “Libertação” do espírito André Luiz, pelas mãos abençoadas de Chico Xavier: “Não vos iludais. Somente as criaturas primitivas nos círculos selvagens da natureza, conhecem, por agora, a semi-inconsciencia do viver, por abeirarem ainda dos reinos inferiores. (…) Para nós, porém, senhores de vigorosa inteligência, que já respiramos em centenas de formas diversas e que já atravessamos vários climas evolutivos, ofendendo e sendo ofendidos amando e odiando, acertando e errando (…) a vida não pode resumir-se a mero sonho, como se a reencarnação constituísse simples processo de anestesia da alma”. Muito temos o que comentar nessa citação.
Realmente hoje dotamo-nos de uma inteligência mais aperfeiçoada, embora ainda fragmentada. Ainda que a razão nos dilate uma visão mais realista da vida que não desejamos por ora levar, ela nos impulsiona à meios que nos esclareça mesmo ao peso de sofrimentos e dores, principalmente àquelas de cunho moral.
É natural observarmos que ainda somos neófitos nesse reino humano o qual ganhamos primazia em conhecer novas matérias de ensino mais requintadas. Vale, agora, procurarmos nos inteirar nas suas entrelinhas para sabermos solucionar com mais desempenho, as questões das provas e expiações a que ainda estamos sujeitos. Ainda ofendemos nosso semelhante e por ele, também o somos, porque ainda não compreendemos bem a finalidade de estarmos aqui, vivendo e convivendo com as pessoas certas e nos lugares certos que nos garantirão maior receptividade com as energias cósmicas as quais estamos envolvidos.
Somos ainda egoístas ao ponto de não nos interessarmos com o próximo bem distante de nós. Por isso a violência que grassa no mundo. Essa indiferença é qual ópio em que o respiramos sem a devida precaução, sem a devida observação do que realmente estamos fazendo com os outros e conosco mesmos. Odiamos sem controle com os pensamentos. Pois que mesmo com a boca fechada, os pensamentos se tornam quais adagas desferidas contra aqueles que, muitas vezes, não pensam como nós. E, para que eles venham compreender a sanha do espírito imortal, é indispensável tenhamos tento em informar-lhe sobre a escalada evolutiva a que estamos predestinados, juntos, percorrer.
Assim, dessa forma, odiando e fazendo odiar nos precipitamos nos arvores da inconsequência acertando menos e errando muito mais, não que isso se torne como acento forte de acertarmos ou errarmos na conjuntura de um mundo de sofrimentos acerbos.
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Temos, hoje, meios seguros de rever, muitas vezes, nossos desequilíbrios e loucuras sem que médicos especializados na área nos consulte e nos diga o que já sabíamos. A falta de credibilidade na existência dos espíritos faz com que os maus se manifestem mais diretamente na vida de homens que tem o mesmo viés de maldade deles. É fato… É Lei… A vida não se resume aos desatinos de uns poucos. Uma grande porcentagem de seres humanos hoje não tem mais aquela ânsia em matar… mas que trucida outros pelo pensamento nefasto e destruidor. Quem estaria em maus lençóis aqui?
O que é preciso atinar para as realidades da vida espiritual? Nosso tom vibratório está muito baixo e não o percebemos assim porque a acomodação nesse teor energético é tanto que não sentimos o seu peso nas nossas costas. A mente humana em si é repositório iluminado por onde nos fará irradiar mais luz do que trevas através do pensamento, do olhar, das expressões faciais que – para quem conhece – descobrirá muito a nosso respeito.
A existência humana não pode ser marcada por choros e ranger de dentes. Os desequilíbrios existem, podendo ser remediados – a princípio – com um culto do lar, independente dessa ou daquela crença. A reunião da família num culto – hoje bastante raro até mesmo em almoçar todos juntos numa mesma mesa – tornou-se raridade difícil de acreditar que o ser humano se isole por causa de uma tecnologia de ponta. Desprezível…
Segundo a mentora acima: “Cada espírito segue sozinho no círculo dos próprios pensamentos sem que os companheiros de jornada, com raríssimas exceções, lhe conheçam as esperanças mais nobres e lhe partilhem as aspirações dignificadoras…”. Sendo a Vida uma Escola bendita, cada um realmente ficará sozinho com os seus pensamentos que, na realidade não deixam de ser produção própria. Como a Espiritualidade Amiga auxilia – de certo modo – àqueles que procuram se reajustar com os próprios transtornos mentais, os habitantes das sombras tem o mesmo objetivo somente voltado para o mal.
A reforma íntima começará dentro de nós mesmos e, sendo auxiliados muitas vezes, nós é que tomaremos a escolha aparentemente acertada. A fé aqui pode ser um impulso sublime quando a sabemos usá-la para o nosso esclarecimento espiritual. Ela poderá ser cega ou raciocinada. A primeira vem sempre acompanhada com a imposição de valores religiosos que em nada se opõe a pontos destrambelhados de muitos representantes de religiões que dizem serem suas.
“… faz-se indispensável muita fé e suficiente coragem para marcharmos vitoriosamente, sob o invisível madeiro redentor que nos aperfeiçoa a vida, até o Calvário da suprema ressurreição”. Cada um tem a sua própria cruz com o peso adequado para que se possa carrega-la sem muita revolta. Agora, se o fardo venha a pesar mais, deveremos ajuizarmo-nos quanto aos atos que metamorfoseamos pela caminhada presente. E vale lembrar aqui que nem sempre o que passamos nessa passagem corpórea tem ligação com algum passado nosso. Não podemos generalizar nesse sentido. O que mais acontece é procurarmos com os próprios pés espinhos que dificultem o nosso caminhar nessa existência mesma. E não adianta culpar Deus pelos desatinos da estrada. Fica a dica.
Vamos observar nossas ações… nossas intenções… Se temos coragem suficiente de praticar um delito que seja contra as Leis Máximas de Deus e do Cristo, deveremos ter a mesma coragem para aceita-los corrigindo o quanto antes mesmo ao nosso contragosto. Refletindo nessa verdade de um autor desconhecido: “Que minha coragem seja maior que o meu medo e que minha força seja tão grande quanto minha fé”. Como disse a mentora acima, fé e coragem andam sempre juntas. Mas devemos observar sempre se essa fé que alimentamos não seja suficiente para medrar nossas expectativas de vida ante a convivência com próximo e que a coragem não seja utilizada para quebrar raciocínios onde a luz do aprendizado sempre brilha nos corações já despertos de si mesmos. Esse seria, pois, um anjo na Terra?Comigo, meu Caro Leitor Amigo? (Continua…).
11/05/2023 – Até a próxima quinta-feira. Divulguem-na para nós. Gratidão.
![Aécio César](/wp-content/uploads/2020/10/Aecio_foto.jpg)
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.