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Senhoras e Senhores,

            Vigilância… Você a teria a todo momento? De fato difícil direcionar nossa atenção a ela, embora já tenhamos substanciosas maneiras para vigiar principalmente nossos pensamentos, no momento, incontido às nossas criações na maioria delas nocivas.

            Se ainda não temos controle com os nossos pensamentos, o que dirá com a nossa vigilância, não é mesmo? Nossa consciência, nesse sentido atua como nossa aliada para que possamos – aos poucos – valorizar toda criação mental que somos seus responsáveis diretos.

            Consciência – Vigilância – Oração – formam o triangulo abençoado de todo aquele que já prescreve com severidade, o que pensa, fala e faz.  Seria, para mim, três dos processos importantes para toda autoanálise de nós mesmos. Somos espíritos indisciplinados quanto às escolhas as quais nos tornam na grande maioria algozes em um mundo onde ainda reina dor e sofrimento, provas e expiações.

            A consciência deve ser melhor tratada, observada, analisada.  Sua voz ecoa sempre em nosso mundo mental sempre antes de estarmos tentando fazer uma besteira que marcará amargamente nossos princípios de livres pensadores. O que a sintonia proporcionaria àqueles que procuram navegar em mares tempestuosos da cobiça, do orgulho, da vaidade alimentando tão somente os vícios milenares que ainda nos dominam? A consciência quando a ouvimos, nos prepara para os desafios traçados ou não no orbe planetário. Aqui o “ser” se evidencia mais transparente, mais coeso, mais intrigante.

            A vigilância nada mais é que o farol iluminado indicando sua posição no quadro da própria elevação. Mesmo à duros tropeços, toda queda proporciona experiências válidas quando atentamos para o seu devido significado quanto ao nosso livre-arbítrio. A vigilância nos faz mais forte ante os obstáculos do caminho achando sempre um meio, uma saída, um norte seguro para as intransigências de irmãos nossos que também caminham para o mesmo objetivo: a perfeição… relativa, vale lembrar.

            A prece, por sua vez, é a nossa abençoada carta de alforria, onde alimentada pela fé raciocinada nos faz entrever os quadros aflitivos do mundo como sendo resquícios que nos pesam o fardo de iniquidades inúmeras. A prece nos eleva, espiritualiza nossa alma, ilumina nosso ser.  

            Nesse novo capítulo, o de número XVI, do livro “Libertação” de André Luiz, através da mediunidade de Chico Xavier, em que faço meus humildes comentários, continuamos com o caso Margarida. Estando ela e o marido numa reunião mediúnica numa Casa Espírita, o espírito Gaspar – um dos hipnotizadores que faltava no sentido de aliviar um pouco a pressão sofrida em cima de sua vítima ao comando de Gregório, a médium que o recebera sentiu-se fora da influência daquele espírito do mal. Sendo ela excelente no dom que recebeu através da mediunidade, ainda se alimentava das vibrações de cólera sobre o marido.

            Numa dessas iluminadas citações desse livro e principalmente desse capítulo temos: “Enquanto a criatura é vulgar e não se destaca por aspirações de ordem superior, as inteligências pervertidas não se preocupam com ela; no entanto, logo que demonstre propósitos de sublimação, apura-se-lhe o tom vibratório, passa a ser notada pelos característicos de elevação e é naturalmente perseguida por quem se refugia na inveja ou na rebelião silenciosa, visto não conformar-se com o progresso alheio”. Enquanto estivermos isentos da vigilância e da prece, praticando atos contrários às Leis Divinas que nos asseguram melhor participação no meio em que vivemos, as entidades não se preocuparão conosco, pois que a sintonia baixa entre ambos é a mesma, um alimentando do outro. Agora, quando despertamos para a nossa situação, procurando rever velhos conceitos abalizados em novas experiências de recomeço e correção, é o mesmo que cutucar um vespeiro com vara curta.

            Sidônio, o amigo que André Luiz encontrou, revelava alguns posicionamentos sobre a Casa Espírita e a personalidade da médium em questão: “Este domicílio está sob a guarda dos nossos processos de vigilância. Entidades perturbadoras  ou criminosas não dispõem de acesso até aqui, mas nossa amiga, transtornada pelo ciúme, vai, ela mesma, ao encalço de maus conselheiros”. O que não faz os vícios quando não controlados, não é mesmo? Aqui em particular o ciúme. Quantos dramas são envolvidos, onde até se mata por questões absurdas originadas pelo ciúme doentio…

            É bom que se diga que quando esse ciúme não se procura ter o devido controle, ele atua não somente no corpo físico, mas principalmente quando a alma é liberta pelo fenômeno natural do sono que estava sendo o caso de Isaura, a médium aqui analisada.

            Ela correndo da presença de Sidônio e de André Luiz desligada do seu corpo físico, estava magnetizada pelos espíritos inferiores que a assediava. Sidônio observando a cena comentou: “… ela dispunha do direito de errar para melhor aprender – o mais acertado caminho de defesa da própria felicidade”. Quanta insanidade essa, existente em milhares e milhares de almas que se entregam aos encantos obscuros dos vícios morais. Em casos como o dela, era preciso cair nos próprios erros para poder despertar para a realidade da vida. Muitos e muitos espíritos – encarnados e desencarnados – trilham esse doloroso caminho. Quantas lágrimas de revolta poderiam ter sido substituídas pela alegria do recomeço e da correção. Mas como a Espiritualidade Amiga não viola o livre-arbítrio de ninguém, o momento aprazado para ela chegará sem antes sentir o seu fardo ainda mais pesado.

            E para que não saiamos do foco dos meus comentários, vamos refletir na citação seguinte dita pelo instrutor Sidônio: “Educação não vem por imposição. Cada Espírito deverá a si mesmo a ascensão sublime ou a queda deplorável”. Profunda, não?

            Pensando aqui com meus botões, fico analisando a criação do homem e da mulher. Saídos do mesmo Foco Divino – simples e ignorantes – em sabedoria e sentimento, creio que ainda nos encontramos – simples e ignorantes – no quesito amar a Deus acima de tudo e de todos na Terra e ao próximo na medida que passamos a nos amar incondicionalmente. Sim. Amando-nos, amaremos com mais espiritualidade os nossos irmãos em Cristo. Quanta barbárie, inconsequência, falta de princípios doutrinários que agem no nosso composto moral. E pensar que um dia seremos qual o é hoje Jesus Cristo! Quanto caminho ainda a percorrer… quantos ensinamentos ainda a aprender e a praticar… quantas existências ainda seriam necessárias para chegarmos a esse degrau sublime? Já pensou nisso meu Caro Leitor Amigo?

16/03/2023 – Até a próxima quinta-feira pessoal. Favor divulgar para nós. Gratidão.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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