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            Você alguma vez já parou para pensar que “O amor espiritualizado, filho da renúncia cristã, é a chave capaz de abrir as portas do abismo para onde rolaram e rolam milhares de criaturas, todos os dias?” É triste reconhecermos essa verdade, não é mesmo? Mas, diariamente, muitos espíritos que, envergando o corpo físico, se atiram nos braços da demência atraindo para si mesmos os desequilíbrios de monta.

            Não existe, nos lares, em grande porcentagem, o diálogo fraterno entre pais e filhos, embora isso esteja acontecendo nessa pandemia, nesse confinamento obrigatório em que estamos passando. Os primeiros não tem tempo exclusivo para devotar à sua prole na solução de muitos problemas que, na maioria das vezes eles a encontram em lugares onde reinam apenas a soberba, o vício, as drogas e a prostituição gratuitas. A tecnologia hoje fortalece ainda mais esse distanciamento promovendo uma verdadeira escassez de entendimento, gerando brigas e retalhamento a favor de um clima onde a paz ainda não é bem-vinda.

            Daí o mentor acima nos prima da compreensão do amor espiritualizado relatado por André Luiz, no seu livro “No Mundo Maior”, no capítulo 11 denominado “Sexo”, pela mediunidade de Chico Xavier. Sem algumas renúncias que os pares se farão indispensáveis para um contexto de evangelização de almas, não será difícil prever o que irá acontecer se tal cizânia continuar a hastear em muitos lares sua bandeira de discórdia e de destempero.

            O significado do Amor está longe de figurar o sentimento maior de Deus nas criaturas por Ele amadas. As paixões desequilibrantes se infiltram sutis no mundo íntimo de muitos casais que ainda não se propuseram a examinar o sexo como usina de energias benfazejas por onde, dele, irradiará no mundo a essência maior da Vida Espiritual como prova irrecusável da Vida imortal.

            Creiamos, Leitor Amigo, se a temperança vier a reinar no convívio familiar, a sociedade como num todo se metamorfoseará mais leve, por onde a opressão, o pensamento de posse, o ciúme, serão apanágios de um passado que não se faz mais presente na presente existência dos seres humanos caminhando juntos para uma vida mais regrada na razão e no sentimento raciocinados com o Evangelho do Senhor.

            Não se deve, pois torturar a alma no contexto em que os instintos falem mais alto, pois que temos a razão alvissareira e o que importa é a democratização do sentimento acima das pueris emanações da loucura e da demência por muitos alimentadas.

            A imaginação é fértil em ambos os sentidos, para o bem quanto para o mal. No entanto, não poderemos aliar com as sombras da inveja, do desespero sem causa aparente, das amarguras provenientes da insatisfação pessoal, abrindo verdadeiras feridas a longo prazo. Temos condição de sermos os filhos pródigos do Evangelho regressando de grande luta moral ao seio amorável do Pai de todos nós, procurando conforto e aquietação do coração estraçalhado pela dor junto a outro que irradia paz de consciência. Este é o nosso consolo, o nosso Porto Seguro por onde descansaremos temporariamente a alma em frangalhos, pois outros irmãos existem que aguardam o nosso braço firme no abraço sempre fraterno. Comigo, Leitor Amigo? (Continua…)

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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1 Comentário

  • O casal que com o tempo se não tiver a firmeza do seu compromisso descamba pra ruína. A luta é ardua , de renuncias gostos e pendores. O fracasso não conserta erros . Aqueles que no íntimo em suas consciencias e em seus corações sabem do caminho ,busca o roteiro seguro do Evangelho . O que as torturas do intimo é querer sair e voar. E a responsabilidade da sua evolução? Como fica ?!

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