Senhoras e Senhores,
Mediunidade… Uma caixinha de surpresas – boas ou ruins – que pega muitos médiuns desprevenidos de estudo, de melhor compreensão, de parceria, vale lembrar. E você… Sabe o que ela significa a grosso modo, ou seja, sentar numa mesa mediúnica e mandar vir os espíritos? Muitos assim pensam e quebram a cara. Ela é muito mais do que isso e não é expressamente falando o que vemos por aí em muitas Casas Espíritas.
André Luiz estava surpreso pela desenvoltura e conhecimento de um dos obsessores de Margarida que mudou de lado, vamos dizer assim – com a ajuda de Gúbio com seus familiares. E é expressiva essa citação com relação ao ex-verdugo: “Ah! Sim! (…) Inteligência não me falta. Leitura idem. Estou positivamente informado com relação aos deveres de ordem geral que me competem”. Essa citação vai de encontro à muitos lidadores da mediunidade porque muitos desconhecem e por via de regra não aceitam tal verdade.
Os espíritos são gente, segundo o grande espírito Dr. Inácio Ferreira. Só que eles não tem mais o corpo físico, mas que, com a morte, não perderam o que assimilaram na sua trajetória evolutiva. E vale lembrar que esses espíritos são os mais perigosos por que agem diretamente na causa, ou seja, sabem onde instigar suas vítimas a aceitarem suas intuições… suas ordens.
Nesse diálogo de André Luiz e o ex-verdugo de Margarida, tem muito conteúdo para estudos mais profundos a respeito de como agem os espíritos na massa humana encarnada. Pena que muitos adeptos do Espiritismo não colocam em prática o que apenas leem e floreiam com palavras o que é de importância vital conhecimento e prática com consciência.
Quanto à Caridade ele considera: “Imagina um esfomeado a ouvir discursos. Acreditas que as palavras lhe satisfaçam as exigências do estômago?”. Um convite à reflexão, principalmente para aqueles que se dizem cristãos estarem extinguindo a Sopa Fraterna nas Casas Espíritas. Absurdo isso. Se caso procuram seguir os preceitos de Allan Kardec e Chico Xavier, não sei de onde tiram essas ideias estapafúrdias que vão de encontro à verdadeira Caridade que tanto deram, Kardec e Chico, exemplos fraternos. Vale a dica.
Os ex-obsessores de Margarida agora com outros pensamentos voltados para o Bem Maior, pediram assistência mais direta, pois quando Gregório souber da traição pedirá suas cabeças.
Margarida e o esposo se dirigiram para uma Casa Espírita acompanhado pela equipe de Gúbio. Mesma ainda bastante fragilizada com muitos ovóides ligados à sua cabeça, ela não se entregou. Vemos nesse capítulo a necessidade de médiuns conhecedores dos particulares da mediunidade para facilitar, assim, o intercâmbio entre os dois mundos. A Caridade também se expressa dessa forma.
Vejamos o que conversaram Gúbio com Sidônio, o responsável da reunião daquela noite: “Efetivamente, encontramos irmãos dispostos ao concurso fraternal, embora, forçoso é dizer, a maioria espere a mediunidade espetacular a fim de cooperar conosco”. Verdade verdadeira. Como podemos ler nessa citação, o que a Espiritualidade desenvolve vetores de compatibilidade num ambiente como o é a de uma reunião mediúnica, para auxiliar as dores de irmãos em sofrimento nos planos invisíveis aos olhos mortais comuns.
Difícil analisar muitos médiuns que participam de reuniões desse teor e não fazem absolutamente nada no sentido de cooperarem com a Espiritualidade Superior. Quantos à muitos médiuns: “Não aceitam as necessidades do serviço que nos aconselham a buscar desenvolvimento substancial na auto iluminação através do serviço aos nossos semelhantes e tocam a exigir dons medianímicos, quais se fossem dádivas milagrosas a serem transmitidas graciosamente àqueles que se lhes candidatam aos benefícios, por intermédio da antiga “varinha de condão…”. É o que mais acontece com muitos médiuns com grande falta de visão espiritual, de um estudo mais compenetrado com a estrutura em si por trás da mediunidade. Creio que, através de muitos estudos que versam sobre o tema, se não tiver – o médium – capacidade para assimilar toda a engrenagem complexa por traz desse fenômeno, difícil conquistar entendimento, ficando quais cegos na escuridão que escolheram vivenciar.
Sempre digo nos meus comentários que mediunidade é coisa transcendente. Não é fenômeno sobrenatural e/ou maravilhoso. É um dom que todos nós – encarnados e desencarnados o temos, porém, para alguns são mãos ostensivos, vibrando as cadeias vibracionais da visão e do tato mediúnico em que se consagra todo médium que se respeita e se entrega consciente à essa permuta de valores sentimentais.
“Nossos amigos (médiuns) não percebem o valor de uma atitude desassombrada e permanente de fé positiva dentro do caminho louvável, haja o que houver…”. Citação bastante clara no objetivo que ela se encerra. Tem muitos calouros à mediunidade que participam de reuniões desse teor como se fossem robôs maquinados por eles mesmos e seguidos mais diretamente por hordas de espíritos que, não participando diretamente dessas reuniões, o orientam a falarem, a verem, a assumirem uma posição de médium respeitável em um grupo, mas sem o teor do conhecimento, da vigilância, da prece e fundamentalmente de uma fé raciocinada além daquela comum que encontramos por aí.
Mesmo que, muitos não aceitam a mediunidade como ponte entre duas esferas consensuais, elas existem por si só. Mesmo com denominações diferentes segundo essa ou aquela agremiação religiosa, a sua essência é a mesma, o seu objetivo é sublime, é santo. Devemos considerar também que nenhum médium é um missionário privilegiado pela Misericórdia Divina. Segundo Emmanuel: “Os médiuns, em sua generalidade, não são missionários na acepção comum do termo; são almas que fracassaram desastradamente, que contrariaram, sobremaneira, o curso das Leis Divinas…”. Livro: Pérolas do Além. Com ele, Caro Leitor Amigo?
02/03/2023 – Até a próxima quinta-feira pessoal. Divulguem-na para nós. Gratidão.
Aécio Emmanuel CésarMédium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.