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“ACIMA”  ou  “A  CIMA”?

Explicação: o advérbio “acima”, grafado numa só palavra, e a locução adverbial “a cima” são homófonos (mesmo som); porém, têm sentidos diferentes. Por isso, quando utilizados na escrita, exigem certa atenção.

Para dirimirmos tais dúvidas sobre estes termos, e utilizá-los corretamente, vejamos, abaixo, regras relevantes sobre seu uso, com exemplos:

a) Acima – é um advérbio de lugar e é antônimo de “abaixo”. Indica algo que está em posição superior, em local mais elevado ou, mesmo, numa situação de maior importância.

Exemplos: – o que foi explicitado acima está correto;

                        – nossa residência localiza-se acima do portão de entrada do condomínio.

b) A cima – esta expressão, escrita separada, refere-se à altura e é sinônima de “para cima”. Contrapõe-se a: “de baixo” ou “para baixo” e o “a” não leva crase. Significa que algo está no alto, no topo.

Exemplos:  – leva-se, exatamente, 1 minuto para subir, de baixo a cima, no edifício “Burj Khalifa”, o mais alto do mundo, em Dubai – Emirados Árabes;

         – apesar de haver, nesse dia, um “céu de brigadeiro”, o avião apresentou algumas turbulências de baixo a cima.

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“AFORA” ou “A  FORA”?

Explicação – outra dúvida muito importante e corriqueira refere-se, também, ao uso destas duas expressões homófonas, que assumem a mesma pronúncia; porém, são escritas e utilizadas de forma diferente: “afora”, numa só palavra e “a  fora”, separada. Vejamos o sentido de cada uma com exemplos:

a) Afora – é um advérbio e é muito mais utilizado que seu similar “a fora” e significa: “à exceção de”, “em algum lugar”, “além de” ou “ao longo de”.

Exemplos: – todos os filhos estavam presentes à festa, afora o mais novo (à exceção do);

                  – ele viajou pelo mundo afora (em algum lugar);

                  – aquele casal teve três filhos legítimos, afora dois filhos do coração (além de).

b) A fora – esta locução adverbial, grafada separada, é usada somente quando estabelece uma relação de oposição com as expressões: “de fora a fora” e “de dentro a fora”.

      Exemplos: – a rua de minha residência tem de fora a fora 500 m de comprimento;

                       – percorri a casa de dentro a fora, mas não encontrei o que procurava.

Assista, no YOUTUBE, à palestra: “PERTURBAÇÕES ESPIRITUAIS NO LAR” – 13 min., de José Raul Teixeira. Vale a pena assisti-la para nos prepararmos a evitar influências nefastas em nossos lares. Paz e Bem.

 

Antonio Nazareno Favarin Antonio Nazareno Favarin
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.

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