Explicação: a conjugação destes dois verbos gera equívocos, principalmente quando conjugados no futuro do subjuntivo. Neste tempo, eles, geralmente, são trocados um pelo outro, e isto constitui uma inadequação em nossa norma gramatical padrão.
Para dirimirmos quaisquer dúvidas quanto ao uso correto destes dois verbos, vejamo-los conjugados nos tempos presente do indicativo e futuro do subjuntivo, onde mais aparecem, neles, equívocos:
a) VERBO “VIR” – além de ser confundido, quase sempre, com o verbo “ver”, é bem irregular.
Presente do indicativo: eu venho; tu vens; ele/a vem; nós vimos; vós vindes; eles/as vêm.
Nota: atentem a este verbo “vir“, que, neste tempo presente, tem estas formas nas terceiras pessoas do singular: ele/a vem (sem acento e com um só “e”) e do plural: eles/as vêm (com acento circunflexo e, também, com apenas um “e”).
Futuro do subjuntivo: quando eu vier; quando tu vieres; quando ele/a vier; quando nós viermos; quando vós vierdes; quando eles/as vierem.
Nota: observem, também aqui, que, neste tempo futuro do subjuntivo, este verbo “vir” tem esta única forma na primeira pessoa do singular e na terceira do singular: quando eu vier e quando ele/a vier (e não “quando eu vir” e “quando ele/a vir”) – que são formas do verbo “ver”, como vê-las-emos na sequência).
b) VERBO “VER” – este verbo é, também, bem irregular. Conjugado nos mesmos tempos do verbo acima, observam-se as variações que os confundem:
Presente do indicativo: eu vejo; tu vês; ele/a vê; nós vemos; vós vedes; eles/as veem.
Nota: notem que este verbo “ver“, neste tempo presente, é grafado, pelo último acordo ortográfico, com dois “es”, e sem acento, na terceira pessoa do plural: eles/as veem.
Futuro do subjuntivo: quando eu vir; quando tu vires; quando ele/a vir; quando nós virmos; quando vós virdes; quando eles/as virem.
Nota: vale aqui frisar: é neste tempo futuro que o verbo “ver” apresenta irregularidades nas desinências (flexões finais) e, também, nas radicais (raízes).
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Reflexão: “Creio que a importância do Evangelho de Jesus em nossa evolução espiritual é semelhante à importância do Sol na sustentação da nossa vida física” – Chico Xavier.