“AGRADECER AO / À” ou “AGRADECER O / A”
Explicação: as duas formas estão corretas, dependendo a quem fizermos o agradecimento; pois o verbo “agradecer” tem duas funções: é transitivo direto e indireto. Vejamos:
a) Quando o complemento do verbo “agradecer” refere-se a pessoas, então, a regência é indireta, exigindo o uso da preposição “ao / à”, e o agradecimento é sempre um objeto indireto.
Exemplo: – agradecemos a Jesus os ensinamentos, exemplos e testemunho que nos tem outorgado;
– agradecemos a todos que estiveram presentes nesse evento.
b) Quando o complemento do verbo “agradecer” refere-se a coisas, a regência passa a ser direta, e, nesse caso, não há necessidade do uso de preposição e o agradecimento é um objeto direto.
Exemplo: – agradecemos o convite que nos fizeram;
– agradeço a gentileza dessa pessoa.
Nota: segundo alguns autores, o verbo “agradecer”, mesmo quando transitivo indireto, pode ser acompanhado de um adjunto adverbial de causa, com a utilização da preposição “por”.
Exemplo: – agradecemos aos benfeitores pelas suas preciosas contribuições;
– agradecemos sempre a Deus pelas bênçãos recebidas.
“FALTA” ou “FALTAM”?
Explicação: ambas as formas verbais estão corretas. O verbo “faltar” flexiona-se de acordo com o sujeito: se este estiver no singular, usemos “falta” e se estiver no plural, a forma correta é “faltam”.
Para dirimirmos equívocos sobre a lógica de flexionarmos o verbo “faltar”, estando o sujeito no plural, façamos a inversão do verbo com o sujeito colocando a frase na ordem direta.
Exemplo: em vez de dizer: “falta três semanas para meu aniversário”, digamos: “três semanas faltam para meu aniversário”. Assim, não há dúvidas.
Contudo, quando o verbo “faltar” referir-se diretamente a um verbo no infinitivo, deverá prevalecer a 3ª pessoa do singular.
Exemplo: falta pagar duas contas nesse mês (e não: “faltam” pagar duas…).
Para reflexão: “Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo” – Mahatma Gandhi.
Antonio Nazareno Favarin
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.