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A quantas anda sua expressão na Língua Portuguesa, nossa “Flor do Lácio Inculta e Bela”, como a definiu nosso insigne literato Olavo Bilac (1865 – 1918)? Ou melhor: você tem, ainda, dúvidas principalmente quando escreve?

Supondo que sim, conecte-se, portanto, a esta coluna desafiadora que ora iniciamos, cujo objetivo é dirimir-lhe, na medida do possível, as mais diversas dúvidas de nosso idioma sobre os temas: ortografia, pontuação, colocação pronominal (próclise, mesóclise e ênclise), hífen, acentuação, conjugação de verbos, concordância, regência (verbal e nominal), análise sintática, pleonasmos,  cacófatos etc.

Você que estudou durante muitos anos e em diversos graus a nossa língua, baseando-se em regras, teorias gramaticais etc. e, apesar desse seu desempenho, ainda continua tendo dúvidas, terá aqui a oportunidade de revê-las e fixá-las, de forma pragmática e com pouquíssimo esforço.

Frisamos: os textos, enviados semanalmente, contendo as dúvidas de linguagem mais comuns, estarão em consonância com o novo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), vigente desde 1º de janeiro de 2009.

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Pela exiguidade de espaço, abordaremos, neste bloco, apenas dois itens:

1. “Fazem quantos anos” ou “Faz quantos anos”?

Correto: faz quantos anos.

Explicação: o verbo “fazer”, quando exprime tempo e temperatura, permanece, sempre, na forma impessoal (não se conjuga).

Exemplos: a) no dia 11/04/17, fez 117 anos que nosso venerável apóstolo, Dr. Bezerra de Menezes, partiu para a Pátria Espiritual.

b) ontem fez 18ºC aqui em São José dos Campos (SP).

2. “Há anos atrás” ou “Há anos”?

Correto: há anos.

Explicação: esta expressão “há anos” já indica algo ocorrido, não havendo necessidade de acrescentar-lhe o advérbio “atrás”, pois caracterizaria uma redundância.

Exemplo: há 160 anos, iniciou-se a propagação da Doutrina Espírita, vindo a lume a 1ª edição de “O Livro dos Espíritos”.

Antonio Nazareno Favarin Antonio Nazareno Favarin
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.

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