HÍFEN (PARTE II)
O hífen, representado pelo sinal gráfico [ – ], é utilizado ainda:
- em palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação.
Exemplos: corre–corre; blá–blá–blá; cri–cri; esconde–esconde; glu–glu; lenga–lenga; pega–pega; pingue–pongue; reco–reco; tico–tico; tique–taque; zigue–zague; zum–zum etc.;
- em substantivos compostos, consagrados pelo uso, contendo elementos de ligação, e representados por uma preposição, artigo, pronome etc.
Exemplos: água–de–colônia; ao deus–dará; à queima–roupa; arco–da–velha; barba–de–bode; bem–me–quer; bem– –te–vi; cor–de–rosa; cravo–da–índia; gota–d’água; mais–que–perfeito; mico–leão–dourado; pé–d’água; pé–de–meia; pimenta–do–reino etc.;
- nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, conectadas ou não por qualquer elemento.
Exemplos: bem–te–vi; bem–me–quer (planta); bico–de–papagaio (espécie de planta ornamental); cobra–d’água; couve–flor; erva–doce; erva–do–chão; ervilha–de–cheiro; feijão–verde; formiga–branca; lesma–de–conchinha etc.
Nota: há diferença, quanto ao uso do hífen, e de sentido entre bico–de–papagaio (com hífen, significando planta) e bico de papagaio (sem hífen e significando deformação nas vértebras);
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- na junção entre pronomes oblíquos e algumas formas verbais, representadas pela mesóclise e ênclise.
Exemplos: vê–lo–ei; amar–te–ei; ser–lhe–ia; disse–me etc.;
- em topônimos (nomes próprios de lugares) compostos, iniciados pelos adjetivos “grã”, “grão” ou por formas verbais e por elementos ligados por artigos.
Exemplos: Baía de Todos–os–Santos; Entre–os–Rios; Grã–Bretanha; Grão–Pará; Passa–Quatro; Trás–os–Montes etc.
Nota: o topônimo Guiné–Bissau (com hífen) é, todavia, uma exceção consagrada pelo uso;
- em palavras compostas, derivadas de topônimos.
Exemplos: rio–grandense–do–sul; mato–grossense–do–sul; porto–alegrense; belo–horizontino; sul–africano etc.
(Continua no próximo bloco)
Para reflexão: “Em minhas preces de todo dia, sempre peço coragem e paciência: coragem para continuar superando as dificuldades do caminho naqueles que não me compreendem; e paciência para não me entregar ao desânimo diante das minhas fraquezas” – Chico Xavier.
Antonio Nazareno Favarin
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.