INFINITIVO PESSOAL E IMPESSOAL
Explicação: um dos temas que geram muitas controvérsias na fala e escrita é o uso do infinitivo pessoal (que é flexionado) e o impessoal (que não é flexionado).
Vamos, nesta página, dirimir, de forma concisa e precisa, os casos mais duvidosos e polêmicos deste tema, sabendo-se que seu uso segue, na maioria das vezes, tendências linguísticas e não a regras.
Os comentários e exemplos expostos abaixo expressam o consenso dos nossos gramáticos.
- Infinitivo flexionado – a regra básica de o infinitivo flexionar-se é quando o seu sujeito e o (sujeito) do verbo principal forem diferentes.
Exemplo: – todos (nós) cremos serem os convidados (eles) pontuais (e não “ser”);
– rogamos-lhes (nós) o obséquio de não chegarem (vocês) atrasados (e não “chegar”).
- Infinitivo não flexionado – não flexionamos o infinitivo quando:
a) os dois sujeitos forem iguais .
Exemplo: nessa ocasião, comprometeram (eles) permanecer (eles) calados (e não “permanecerem”).
[mc4wp_form id="3050"]b) o infinitivo for usado com verbos pessoais, porém, de forma impessoal.
Exemplos: – é proibido fumar (e não “fumarem”);
– é necessário haver boas lideranças (e não “haverem”).
c) utilizamos uma locução verbal.
Exemplo: todos os candidatos estavam presentes, aguardando ser chamados (e não “serem”).
d) enfim, não flexionamos o infinitivo antecedido de preposições.
Exemplos: – devemos fazer nossa reforma íntima para evoluir (e não “para evoluirmos”);
– deixamos de nos aproximar daquele local (e não “de nos aproximarmos”);
– fomos aconselhados a sair cedo (e não “a sairmos”).
Nota: frisamos que, na dúvida de flexionarmos ou não o infinitivo, sigamos a eufonia e a clareza que, em muitos casos, prevalecem sobre seu uso.
______________________
Reflexão: “A caridade é um exercício espiritual… Quem pratica o bem coloca em movimento as forças da alma” – Chico Xavier.
Antonio Nazareno FavarinProfessor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.