“OBRIGADO” ou “OBRIGADA”?
Explicação: o adjetivo “obrigado”, expressando um agradecimento, gera muitas dúvidas quanto à sua concordância, à maioria da população brasileira.
Esse adjetivo deve, sempre, estar em harmonia ou de acordo com o gênero e número do emissor, ou seja, com a pessoa que emite o agradecimento: se homem, deve agradecer dizendo “obrigado” e, se mulher, “obrigada”.
Exemplos: – Cristina agradeceu-me, dizendo: “muito obrigada”, pai, pelas tantas e preciosas dicas referentes à nossa Língua Portuguesa”;
– Michele e Marina disseram aos seus sogros: “muito obrigadas”, dona Myriam e senhor Antonio, por esses lindos presentes”;
– “obrigado, mãe”, disse Rafael ao ser, também, presenteado;
– “muito obrigados”, vovô e vovó”, corresponderam-nos, em uníssono, nossos queridos netos: Gabriel, Lucas, Matheus e Larissa.
Nota 1: entretanto, quando, na frase, a palavra “obrigado” for um substantivo, permanecerá, sempre, no masculino singular, mesmo sendo expresso por uma mulher.
Exemplo: – Myriam disse: “receba o meu obrigado, ó Deus, por tantos benefícios recebidos durante este ano”.
[mc4wp_form id="3050"]Nota 2: quando alguém, mesmo mulher, entusiasmada, quiser reforçar o agradecimento, antepondo o advérbio “muitíssimo” à palavra “obrigado”, dizendo: muitíssimo obrigado, é perfeitamente correto; só não poderá declinar este advérbio “muitíssimo” no feminino; pois, sabe-se, essa categoria de palavras não sofre variações em gênero e número.
Exemplo: – ela, gentilmente, cumprimentou-nos, dizendo: “muitíssimo obrigada pela ajuda” (e não: “muitíssima” obrigada).
Nota 3: curiosamente, há indivíduos que, sem saberem o sentido exato da palavra “obrigado/a” – que expressa gentileza – substituem-na pelo termo “grato/a”, reconhecendo, apenas, os benefícios recebidos; todavia, nesse raciocínio, não nos declaramos obrigados a retribuir algo, como verdadeiramente expressa o agradecimento “obrigado/a”.
Nosso idioma, sendo um dos mais ricos do Planeta, é natural que as pessoas se deparem com esses impensados equívocos. Verdade seja dita, em linguagem informal (coloquial), não faz muita diferença; porém, na formal (culta), devemos tomar cuidado. Não convém arriscarmo-nos.
Assista, no YOUTUBE, à palestra: “Perturbações Espirituais no Lar” (13:09m), de José Raul Teixeira – médium, Doutorado em Física e conferencista renomado. É fundador e mantenedor da Obra Assistencial “Remanso Fraterno”, em Niterói, onde são atendidas, gratuitamente, crianças carentes. Nesta brilhante palestra, Raul Teixeira alerta-nos a que deva imperar harmonia e pensamentos elevados, sem discórdias, em nossos lares. Assim, não seremos contagiados por ondas de influências nefastas. Vale a pena ouvi-la e refletir.
Antonio Nazareno Favarin
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.