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Senhoras e Senhores,

            Pele de lobo… Creio que ninguém deseja usá-la, mas usam-na, pois faz parte da nossa personalidade ainda em construção. Não quero ser um pessimista, mas observo muito as pessoas e o mundo das quais vivem. E o cenário é desanimador. Muitos se investem em outro irmão como se algum poder por trás de uma patente ou de um canudo universitário diferenciasse uma autoridade de um mendigo, quando o fim dos mesmos é a sepultura. Portanto, as cartas estão lançadas. Vamos bagunçar nosso tico e teco cerebrais pessoal?

            Você já realizou tudo que desejava? Nem que para isso viesse a prejudicar seu próximo em pensamentos palavras ou ações? Somos insaciáveis nesse sentido. Como sabemos, pensamos à revelia, falamos à revelia, fazemos coisas à revelia. Não temos controle em nada, de nada, com nada e por nada. E as consequências sempre chegam nos dando um abraço asfixiante tanto na presente existência quanto nas outras que com certeza virão, caso não ajuizarmo-nos.

            Na vida tudo tem que ter um equilíbrio constante. Até o amor em excesso prejudica, agora imaginem o mal. Sim… Ele em excesso ou não é prejudicial à saúde física, mental e espiritual. Pena que a grande maioria sequer pensa nisso. E com essa discrepância, hajam choros e ranger de dentes por vontade própria.

            Seguindo o raciocínio da semana passada, o marido de Margarida a leva para um especialista em psiquismo sempre observado pelo seu obsessor. Nada lhe passava que não tinha um faro de inquietação e maldade. Na clínica várias pessoas aguardavam ser atendidas. Para nossa equipe espiritual, tinha uma quantidade de espíritos infelizes que acompanhavam suas vítimas ou seus cúmplices.

            Acercando de um senhor em crise bastante visível de desequilíbrio, Gúbio o observou dizendo à André, narrado no livro “Libertação”, no capítulo onze pela mediunidade de Chico Xavier. Vejamos: “Temos sob nosso olhar um investigador de polícia em graves perturbações. Não soube deter o bastão da responsabilidade. Dele abusou para humilhar e ferir”.  É o ser humano na sua especifica pele de lobo, voraz, inconsequente, insensível até para si mesmo. Diante dessa questão não valeria o título dessa semana? Tudo pode aquele que tudo quer também direcionado para o mal? Abusos, humilhações, maldades e ódio são elementos nocivos para qualquer um que desconhece as forças psíquicas da alma. Tudo que vai, volta… Tudo que sobe, desce…

            E como consequência desse gesto insano do investigador, André Luiz narra: “Registrei-lhe as perturbações cerebrais e vi, sob forte assombro, as várias formas ovóides escuras e diferençadas entre si, aderindo-lhe à organização perispirítica”. Isso, creio, é muito comum acontecer, embora muitos não o saibam, principalmente com aquelas pessoas que alimentam o mal em toda a sua extensão. Iludem no poder passageiro, ilusório e mais das vezes de terceiros. Essas formas ovóides são atraídas, comumente pelo nosso remorso inquietante que em nosso inconsciente se reverbera cutucando nossa personalidade presente ao ponto de nos tornarmos loucos, insanos… mas para cada caso é um caso.

            No caso de Margarida havia por trás dessa trama, uma vingança insaciável por algo ou por alguém. O ser humano ainda está em trabalho de gestação se preparando para ser… humano. E, segundo suas atitudes, poderá ganhar subsídios de elevação caso faça algo de bom ao semelhante na prática da Caridade, subindo alguns degraus da sua escalada evolutiva rumo ao infinito tornando um ser… espiritualizado. Ela, pelo visto, não fez nenhum mal… nessa existência, mas pode estar pagando o que fizera em outras personalidades vividas.

            No caso desse senhor ele praticou o mal aproveitando da sua autoridade. Do pulso forte. E hoje se encontra na companhia indesejada desses seres espirituais que ele perseguiu, maltratou, torturou e até matou. Com certeza nem sabe que está sendo repasto desses ovóides, como também para muitas pessoas que convivem ou não conosco. Eu, como você poderemos estar com um deles em pontos estratégicos do nosso corpo perispiritual, contudo são tão sutis que a nossa percepção não os captam como também a melhor aparelhagem médica não os detecta.

            Tem um caso aqui em minha cidade nesses moldes. Conheço uma família em que a matrona da casa apareceu de súbito com uma dor insuportável no braço esquerdo. Fora em vários especialistas e nada. Procurou curandeiros, benzedeiras, caboclos, orixás, procurou diversas terapias e ninguém conseguiu detectar o mal que estava com essa senhora. Contudo, em um culto no lar em que participo todas as sextas-feiras no seu término enquanto nos dirigia para a cozinha para tomar um café, observei pela primeira vez uma mancha escura no seu braço esquerdo. A princípio, deixei passar. Mas quando ela levou um susto e a dor no braço dela aumentou, observei que aquela mancha mexia quais tentáculos de um polvo segurando-a firmemente. A partir de então procurei nas Obras Básicas e no Acervo Mediúnico de Chico Xavier de que é possível, sim, encarnados e não somente desencarnados poderem estar sendo vítimas dessas organizações ovóides. Conversei com um amigo espiritual e ele me disse que, nada sendo por acaso, ela estaria resgatando débitos do passado. Teria que fazer um tratamento espiritual prolongado para que assim possa estar livre dele novamente. E até hoje ela se encontra em tratamento após longos e exaustivos meses de sofrimento e de dor.

            E para ambos os casos aqui narrados o diagnóstico primeiro é a reforma íntima dos pensamentos, para que as palavras e ações se acolham nas benesses do reajuste sem muitas lágrimas. Difícil tal iniciativa? Sim. Mas é preciso e urgente. Enquanto estivermos encerrados temporariamente em um corpo físico usando de subterfúgios adiando a hora do nosso testemunho perante a doutrina que professamos, caracterizados, mais das vezes em pele de lobos, difícil categorizarmos como Homo sapiens, sapiens na sua legítima marca. Deveremos o quanto antes utilizar e desenvolver nossas vibrações auditivas para que tenhamos órgãos apropriados para auscultar melhor a voz da nossa consciência.

            Por que todo esse preparo? Para que saibamos diferenciar quando é mentes de terceiros que procuram investir das nossas fraquezas para vermos afundar no abismo das próprias provações. Os espíritos tem um campo de visão bem maior que o nosso. Eles podem permanecer conosco dias e dias sem que sintamos sua presença. Portanto, toda vigilância seguida de preces e de trabalho constante no bem, com certeza será uma muralha fortificada na rocha do nosso coração previdente.

            Se tanto para o bem quanto para o mal tudo podemos conseguir, deveremos ligar nossas antenas psíquicas, para que o nosso mal seja menor e que o bem, em nós, sem esse joio sufocante, possa germinar, crescer, florir, perfumar e fortalecer-nos oferecendo frutos sazonados da razão e sentimentos transparentes espiritualmente designados à perfeição… relativa. Comigo, Caro Leitor Amigo?

10/11/2022 – Até a próxima quinta-feira pessoal.

Aécio César Aécio Emmanuel César
Médium de psicografia desde 1990, tarefeiro espírita na cidade de Sete Lagoas/MG.

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