Correto: PREFEITURA.
A cidade de São José dos Campos (SP) categorizou-se Prefeitura Municipal em 1798.
Comentário: não existe prefeitura estadual ou federal; ela, sendo somente inerente à administração municipal, não há motivo de agregar-lhe este adjetivo. Pela lógica, é redundante.
Eis mais exemplos de redundâncias, com os respectivos excessos anulados (riscados):
- Mascarenhas de Morais foi o General do Exército que comandou a FEB na campanha da Itália, na 2ª Guerra Mundial.
Comentário: a palavra “general” está inerente à designação de seu comando.
- Thomas Alexander Cochrane foi o Almirante da Marinha na 2ª Guerra Mundial.
Comentário: este título, também, pertence somente à Marinha; portanto, desnecessário é atribuir-lhe, ainda, este complemento nominal. Caracteriza redundância.
- Os recursos que compõem o erário público são provenientes dos impostos.
Comentário: o termo “público” tem o mesmo sentido que “erário”; portanto, tipifica, aqui, um pleonasmo vicioso, mesmo porque não podemos dizer “erário privado”.
- Não são as coisas grandiosas, mas os pequenos detalhes que fazem a diferença.
Comentário: não há hipótese de os detalhes serem grandes, assim como nessa expressão: “detalhes minuciosos”. Sendo detalhes, só podem ser pequenos e não podemos detalhá-los mais. A ideia de “pequenez” está explícita em “detalhes”.
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- Estavam em férias e planejaram antecipadamente sua viagem ao Nordeste.
Comentário: poderemos fazer um planejamento sem ser por antecipação?
- Anteciparam a festa para antes.
Comentário: sendo impossível, também, “postergar (adiar) algo para depois”, é evidente que a antecipação da festa está somente relacionada ao futuro.
- Existem 193 países no mundo cadastrados na ONU.
Comentário: a contagem dos países em evidência só pode estar localizada no nosso planeta; dispensando-se, portanto, a expressão “no mundo”, a não ser que haja referência às moradas do mundo espiritual.
- Chegamos, enfim, a uma conclusão final.
Comentário: subtraindo o adjetivo “final”, a expressão não deixará de estar concluída. Toda conclusão já indica finalização. Com esse adjetivo final posposto ao termo “conclusão”, constitui um vício de linguagem ruim.
Antonio Nazareno Favarin
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.