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Correto: trata-se de (no singular).

Comentário: verbos seguidos de preposições “de”, “para”, “com” etc., e com o sujeito representado pela partícula indeterminada “se”, não variam, ou seja, permanecem sempre na 3ª pessoa do singular em seu devido tempo.

Exemplos: – necessita-se de muitos trabalhadores nessa Casa;

apelava-se para todos estarem presentes na reunião.

Nota 1: veja, nessas frases, que os verbos “necessitar” e “apelar”, regidos pelas preposições “de” e “para”, atuam como verbos transitivos indiretos e permanecem no singular, mesmo que seus complementos indiretos estejam no plural.

Nota 2: no dia a dia, esbarramos com expressões duvidosas como essas em nossa Língua Materna; nesse sentido, é bom dar-lhe, de vez em quando, alguns minutinhos de nosso tempo e, depois, partilharmos “a colheita dos frutos” com todos os nossos contatos.

 

  1. “Às custas de” ou “À custa de”?

Correto: à custa de (no singular).

Comentário: essa locução prepositiva significa: “com sacrifício”, “com dano ou prejuízo de”, “graças a”, “por causa de” etc.

Embora a forma plural: “às custas de” seja usual e aceita por alguns autores, deve ser evitada, preferindo-se a forma tradicional: à custa de.

Exemplos: – conseguiu o objetivo almejado à custa de seu bom desempenho;

à custa de muitas preces, realizamos, com êxito, nossos sonhos.

Nota: a palavra “custas” é usada no âmbito jurídico, significando: “despesas” com processos.

Exemplo: enfim, ele conseguiu saldar as custas do seu processo judicial.

 

  1. “Em vias de” ou “Em via de”?

Correto: em via de (no singular).

Comentário: essa locução adverbial não é pluralizada. A palavra “via” é sinônima de “caminho”; portanto, “em via de” significa “no caminho de”.

Exemplo: eles estão em via de se aposentarem.

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  1. “Comprei ele para você” ou “Comprei-o para você”?

Correto: comprei-o para você.

Comentário: os pronomes pessoais do caso reto: eu, tu, ele/a, nós, vós, eles/as assumem, na forma culta, a função de sujeitos da oração ou, também, como predicativos do sujeito e os pronomes pessoais oblíquos: me, te, se, o/s, a/s, lhe/s, nos, vos só podem ser objetos direto ou indireto.

Exemplos: – Ele, nosso Modelo e Guia, é o Caminho, a Verdade e a Vida (sujeito);

– A responsável por essa tarefa sempre foi ela (predicativo do sujeito);

-Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal (objs. diretos).

No entanto, é comum ouvirmos, principalmente na linguagem oral, frases com os pronomes pessoais retos utilizados no lugar dos pronomes oblíquos – objetos da oração. Assim: “ajudei ele”, “encontrei ela”, “deixa eles” etc., em vez de: “ajudei-o”, “encontrei-a”, deixa-os etc., que são as formas corretas.

 

  1. “A falta implicará em punição” ou “A falta implicará punição”?

Correto: a falta implicará punição.

Comentário: o verbo implicar, significando “acarretar”, “gerar”, “envolver” é sempre transitivo direto, sem o uso da preposição.

Exemplo: a reforma tributária implicará novos sacrifícios para a população.

 

Antonio Nazareno Favarin Antonio Nazareno Favarin
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.

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