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CORRETO: COM SORRISO.

Eis mais exemplos de redundâncias, com os respectivos excessos anulados (riscados):

  1. Ela nos acolheu com um sorriso nos lábios.

Comentário: mesmo que esse sentimento seja forçado ou fingido, é evidente que provém, sempre, dos lábios de alguém. Então, sendo o ato de sorrir óbvio com os lábios, economizemo-los; senão, constitui uma redundância viciosa.

  1. É louvável que se criem muitos novos empregos.

Comentário: se criamos alguma coisa, consequentemente é algo novo; portanto, é inadmissível, aqui, o adjetivo “novos”.

  1. Eles retornaram de novo à primeira Casa de seus trabalhos.

Comentário: não existe regresso que não seja “novamente para trás” ou que não indique “retorno”. Redundância evidente.

  1. A palestra baseou-se em diversos fatos reais.

Comentário: tal tipo de redundância, assim como os de: “fato verídico”, “evidência concreta, fato acontecido etc. não se justificam nem para dar ênfase ao sentido da frase; pois, nenhum fato é “irreal”; ou seja, se é fato é real, verdadeiro. Caso contrário, não seria fato. Entretanto, podemos, sim, dizer: o filme é baseado numa história real; pois história pode ser ou não real.

  1. Estamos comprovadamente certos do cumprimento de nossos deveres.

Comentário: usando somente “estamos certos do cumprimento…” já está suficientemente completo o sentido da expressão.

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  1. Há 160 anos, toda obra Kardequiana continua permanecendo

Comentário: há algo que continua atualizado e não permanece?

  1. Não há tempo demasiadamente excessivo à nossa melhora espiritual.

Comentário: tal “palavrão”, aqui, não pode ser usado nem que o tempo à nossa melhora, enquanto encarnados, não nos seja excessivo.

  1. No dia 19 de agosto de 2017, ocorrerá, em São José dos Campos, a abertura inaugural do 10º Encontro dos Amigos de Jesus Cristo com Chico Xavier.

Comentário: em toda abertura, está implícita a ideia de que algo será inaugurado; portanto, excluamos, neste caso, o “reforço” que damos à abertura. É redundante.

  1. Ele comparece em pessoa em todos os eventos da cidade.

Comentário: tem o privilégio de assim se expressar somente quem não estiver cônscio de que esteja encarnado. Caso contrário, que compareça em espírito.

  1. A balança comercial brasileira teve superávit positivo de US$ 7,195 em junho deste ano (2017), melhor resultado desde 1989.

Comentário: o termo latino “superávit” significa a diferença positiva entre receita e despesa; portanto, já está implícito e suficientemente confirmado o saldo positivo.

 

Antonio Nazareno Favarin Antonio Nazareno Favarin
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.

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2 Comentários

  • Concordo em parte. Não chega a ser um erro grosseiro, afinal, os poetas utilizam este recurso, dando ênfase às suas poesias.

  • Obrigado, Gilberto Pinheiro, pela sua manifestação.
    A Língua Portuguesa, assim como quaisquer outras, são um produto social.
    Concordamos que pleonasmos podem ser usados por poetas, e eu diria são utilizados também por cantores e até por escritores renomados.
    Nesses casos, passam a ser utilizados intencionalmente para intensificar a comunicação; ou seja, como figuras de linguagem, servem para enfatizar determinadas expressões.
    Entretanto, nosso estudo sobre pleonasmos visa a um padrão de linguagem normatizado pela nossa gramática.
    Referimo-nos, outrossim, aos pleonasmos viciosos do dia a dia, praticados aleatoriamente, demonstrando, das pessoas, pouco conhecimento e que escapam dos padrões linguísticos.
    Podemos falar da forma que quisermos; porém, existem diretrizes que norteiam a linguagem culta para não cairmos no empobrecimento que enfeiam a expressão.
    É óbvio que há casos em que a redundância vai depender do sentido da palavra em dada situação, sempre concreta e aí servirá para se julgar se o pleonasmo está ou não empobrecendo a linguagem.
    Um abraço e que Deus o ilumine sempre.

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