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Correto: DUAS METADES.

Nossa Língua Portuguesa, bem expressada (na fala e na escrita), é linda, majestosa, eclética; porém, não transparece assim no dia a dia entre os brasileiros, seus falantes. Nosso maior patrimônio cultural está sendo atropelado e desmantelado pela premência da comunicação moderna, fugindo de seus legítimos padrões linguísticos.

São notórios os equívocos na grafia, concordância, regência, acentuação, colocação pronominal, pontuação, hifenização e em redundâncias.

Na tentativa de amenizarmos ambiguidades de nossa linguagem coloquial e escrita, apresentaremos, neste bloco e nos das semanas sucessivas, múltiplos exemplos de expressões inadequadas com as devidas correções, despercebidas no nosso cotidiano, às quais denominamos:

PLEONASMOS

Pleonasmos, também denominados redundâncias ou tautologias, são vícios e equívocos muito comuns na fala e escrita que consistem em repetir, desnecessariamente, palavras já explícitas, comprometendo a qualidade da expressão, sem acrescentar nada à compreensão da linguagem.

Começando com o exemplo acima citado, vejamos os casos mais corriqueiros de pleonasmos, com os respectivos excessos anulados (riscados):

  1. Elas repartiram a maçã em duas metades iguais.

Comentário: ao dividirmos algo em duas metades, as fatias só podem ser, pela lógica, iguais. Caso a maçã for dividida em partes, aí, sim, poderíamos dizer: em duas, três ou mais partes iguais ou desiguais

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  1. Amanhecendo o dia, a chuva começou a cair.

Comentário: é óbvio que a palavra “amanhecer”, referindo-se ao período matutino, só pode ser do dia que se inicia e, não, da tarde ou da noite.

  1. Estejamos precavidos ao falar, para não termos surpresas inesperadas.

Comentário: se alguém quiser fazer, realmente, uma surpresa, não poderá anunciá-la nem secretamente para que não seja esperada.

  1. Convivemos juntos há 41 anos.

Comentário: Em “convivemos”, o adjetivo “juntos” já está inerente ao verbo que o precede. Dispensamo-lo, portanto, aqui. Está sendo redundante.

  1. Ele tem certeza absoluta de sua boa conduta moral.

Comentário: não existe certeza relativa; portanto, se for absoluta, já está, também, implícita a sua veracidade.

Antonio Nazareno Favarin Antonio Nazareno Favarin
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.

 

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