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Correto: ELO.

Prosseguindo os nossos desafios sobre vícios de linguagem, apresentamos nesta página mais exemplos de redundâncias, utilizadas equivocadamente no dia a dia, com os respectivos excessos anulados (riscados).

 

  1. Elo de ligação.

Comentário: o termo “elo” é sinônimo de “união”, estando já implícita a sua junção com algo que queiramos conectar; portanto, não há necessidade de emendarmos, numa frase, a palavra “elo” com “ligação”.

Exemplo: as preces ditadas do coração intensificam nosso elo com Deus.

 

  1. Abasteça seu carro e ganhe grátis uma ducha.

Comentário: expressando-nos deste jeito, podemos até, “em estado de graça” (sem culpa), ganharmos uma ducha para lavarmos o carro; porém, ganhamos também da Língua Portuguesa um jorro de água fria na cabeça, pelo desleixe da evidente redundância.

  1. Estreia pela primeira vez.

Comentário: que este tipo de estreia não seja repetido; isto é, seria perdoável caso fora dito somente pela primeira e única vez. Primando pela evidência, se algo foi estreado, não poderá sê-lo pela segunda, terceira ou mais vezes! “Sejamos breves e não prolixos”: usemos estreia somente.

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  1. Gritar alto.

Comentário: podemos, sim, falar alto, percebendo a surdez de nosso interlocutor; porém, mesmo estando com dores, pedindo socorro, utilizar somente o verbo “gritar” dá para entendermos perfeitamente que estamos bradando. Em suma, não há risco de ambiguidade porque não dá para gritarmos em tom baixo.

  1. A dupla encarou de frente as acusações.

Comentário: expressando-nos assim, merecemos ser duplamente acusados e reprovados e, ainda, compelidos a confessarmos a culpa pelo fato de não encararmos o assunto com seriedade.

Exemplo: “Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade” – Allan Kardec.

  1. Demente mental.

Comentário: qualquer demência é óbvia que pode ser somente do estado mental: ninguém pode ser demente das pernas, dos braços ou de qualquer outra parte do corpo, a não ser só da mente; portanto, assim equivocadamente excedermo-nos, constitui um crasso erro de redundância.

  1. Ela escreveu a própria autobiografia.

Comentário: a palavra “autobiografia”, por si só, designa a descrição da vida de um indivíduo, feita por ele, dispensando qualquer termo antecedente que lhe reforce o sentido. Entretanto, nós podemos, sim, dizer: ela escreveu a “própria biografia”.

Antonio Nazareno Favarin Antonio Nazareno Favarin
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.

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