HÍFEN (PARTE I)
Explicação: o hífen é um sinal de pontuação usado para ligar – como veremos detalhadamente no decorrer desse estudo: os elementos de topônimos compostos (Rio–Grandense–do–Sul), palavras com prefixos (auto–hipnose), palavras com sufixos (capim–açu), palavras formando um encadeamento (ponte Rio–Niterói), pronomes átonos com verbos (vê–lo–ei) e, também, a translineação de palavras, no fim de uma linha, separando-as em duas partes (hí–/fen).
O último Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que vigora desde 2009, e que, a partir de 1º de janeiro de 2016, foi oficializado às 8 nações que se expressam neste idioma, apresentou muitas alterações às regras de hifenização.
Os países do mundo que falam o idioma Português são: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, totalizando uma população em torno de 290 milhões.
É bom frisar que as maiores alterações ocorridas nesse último Acordo Ortográfico aconteceram, justamente, em referência ao emprego do hífen.
[mc4wp_form id="3050"]Em torno disso, pesquisamos minuciosa e exaustivamente todas as fontes onde houve alterações e, parece-nos, conseguimos chegar a um denominador coerente, lógico e único, com a inserção de novas regras e exceções e a abolição de outras, ora existentes.
Sabendo que nossa Língua Portuguesa é cheia de peculiaridades, com muitas regras e exceções, vale lembrar de que boa parte das mudanças ocorridas no último Acordo Ortográfico ser-nos-ão assimiladas com o tempo, por meio de consultas a dicionários e leituras de textos atualizados.
De qualquer forma – salientamos – vale a pena fazer este desafio, acompanhando, passo a passo, as regras sobre este tema que lhes serão enviadas, semanalmente, em blocos sequenciais, assim:
O hífen, representado pelo sinal gráfico [ – ], é utilizado:
Em substantivos compostos, sem elementos de ligação e que conservam sua autonomia fonética, formando um conceito único.
Exemplos: amor–perfeito; ano–luz; arco–íris; azul–escuro; bate–boca; bem–vindo; boa–fé; capim–gordura; capim–santo; capim–sapé; conta–gotas; couve–flor; decreto–lei; erva–doce; filosófico–religioso; guarda–chuva; João–ninguém; matéria–prima; maus–tratos; médico–cirurgião; meio–dia; norte–americano; peixe–espada; porta–bandeira; porta– –malas; primeira–dama; primeiras–águas; primeiro–ministro; primeiro–sargento; primeiro–tenente; público–alvo; segunda–feira; vaga–lume etc.
Para reflexão: “Os inimigos a vencer estão em nós mesmos” – André Luiz.
Antonio Nazareno Favarin
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.