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A vírgula é um sinal gráfico que deve ser usado para dividir partes dos textos que não têm ligação entre si e, assim, torná-los mais claros e compreensíveis. Não podemos, entretanto, separar os termos que mantêm, entre si, íntima relação sintática; ou seja, não se usa vírgula entre o sujeito (qualquer que seja sua extensão) e o verbo (predicado) ou entre o predicado e os objetos direto e indireto.

Exemplo: “as comunicações entre o mundo espiritual e o mundo corporal estão na natureza das coisas e não constituem nenhum fato sobrenatural” (sem vírgula entre o texto grifado – que é o sujeito – e o não grifado).

Nota: apresentaremos, nessas 3 ou 4 semanas sucessivas, os mais diversos exemplos de uso da vírgula que constituem o nosso maior empecilho quando escrevemos.

Utilizá-la corretamente é sumamente importante para todos nós que lemos ou escrevemos; pois, seu uso inadequado distorce completamente o sentido de um texto.

Frisamos, também, que, quando escrevemos, a primeira coisa que nos deve preocupar é com o público-alvo (a quem direcionamos o texto); pois, ele (o texto) que redigimos parece-nos sempre óbvio; mas pode não o ser ao leitor pelo fato de estar mal pontuado.

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EXEMPLOS E COMENTÁRIOS

  1. Autores, cenógrafos, atores e diretores contribuíram para o sucesso do filme.

É desejo de todos os pais terem filhos educados, respeitadores, estudiosos e trabalhadores.

Comentário: as vírgulas, nesses dois exemplos, foram empregadas para separar palavras e orações enumeradas de função idêntica.

  1. Francisco Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier, foi um dos mais importantes expoentes do Espiritismo.

Comentário: nesse exemplo, as duas vírgulas estão sendo usadas para indicar ou separar o aposto que é o texto aí realçado.

  1. Meu irmão, cuide bem de sua saúde. Cuide bem, meu irmão, de sua saúde. Cuide bem de sua saúde, meu irmão.

Comentário: o vocativo é sempre separado por vírgulas no início, meio e fim das sentenças.

  1. Sim, todos nós passamos por várias existências físicas” (L.E., questão 166).

“Podem os pais atrair para o corpo do filho um bom Espírito”? “Não, mas podem melhorar o Espírito do filho a que deram nascimento e que lhes foi confiado” (L.E., questão 210).

Comentário: podemos, como nos dois exemplos, usar a vírgula depois da afirmativa “sim” e da negativa “não”, no início de frases.

  1. Então, estás disposto a aprender o uso correto da vírgula? – Assim, terás chance de ser um bom redator.

Comentário: emprega-se a vírgula depois de “então” e “assim”.

 

(continua no próximo bloco)

 

Antonio Nazareno Favarin Antonio Nazareno Favarin
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.

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