Entre no novo canal

REGRAS DE ACENTUAÇÃO (PARTE IV)

O que não mudou sobre a acentuação, segundo o Novo Acordo Ortográfico:

O acento diferencial permanece:

a) nos verbos pôr (infinitivo), diferenciando-se da preposição “por”, e ele pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito);

b) na palavra fôrma (de bolo), o acento circunflexo ainda permanece para diferenciar-se do termo “forma” (forma física ou de pagamento);

c) na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos “ter” e “vir” = eles têm e eles vêm; e na 3ª pessoa do singular e plural do presente do indicativo de seus derivados: ele contém, detém, provém, intervém, mantém, obtém e convém; eles contêm, detêm, provêm, intervêm, mantêm, obtêm e convêm;

d) na palavra quê quando substantivada ou no fim de frases.

Exemplos:  – eles tinham um quê todo especial;

                  – eu procurava não sabia o quê;

                  – ela viajou por quê?

[mc4wp_form id="3050"]
--- Início do Link Patrocinado ---
Apoie o Vivência comprando um Amazon Echo Show
--- Fim do Link Patrocinado ---

Terminamos, aqui, o estudo muito importante e atualizado, segundo o novo VOLP, sobre acentuação gráfica.

Alguém poderá ter-se surpreendido, nesses quatro blocos, sobre as novas regras de acentuação de determinadas palavras; porém, o fato é que as normas ortográficas não podem ser aplicadas somente quando nos convêm.

Caso não acentuássemos, por exemplo, a forma verbal “prepa-las (oxítona), ela poderia ser lida como uma palavra paroxítona: prepara-las (com tonicidade maior na sílaba “pa”), o que nos daria um sentido bem diverso.

Existem outras formas acentuadas, tais como: lou-la-íamos; -lo-íamos, -los-á etc. É isto que torna nossa Língua Portuguesa flexível, majestosa, eclética e bela, rica em vocábulos, estruturas e expressões.

Cultuemos esse nosso maior patrimônio cultural, e não permitamos que ele perca o belo estilo e a elegância.

É a “Última Flor do Lácio Inculta e Bela” – Olavo Bilac (1865 – 1918), referindo-se à nossa língua como a última derivada do Latim Vulgar, falada no Lácio, região italiana, e, posteriormente, pelos soldados, camponeses e populares na Península Ibérica, a que deu origem ao Português, Espanhol e Francês.

O  termo  “inculta”,  usado  pelo  poeta,  refere-se  ao  Latim  Vulgar, diferente do Latim Clássico  das  classes  superiores.  Para Olavo Bilac, a Língua Portuguesa continuava a ser “bela”, mesmo derivada de uma língua popular.

Para reflexão: “A vida por fora de nós é a imagem do que somos por dentro” – Chico Xavier.

Antonio Nazareno Favarin Antonio Nazareno Favarin
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.

Link Patrocinado

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Share via