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Comentário: o verbo “repetir”, sem a expressão “de novo”, é correto quando nos referimos somente à 1ª repetição. Exemplo: o juiz mandou repetir o pênalti. Aqui, se dissermos: “mandou repetir de novo”, constituiria redundância, pois foi a 1ª vez que ordenara repetir.

Entretanto, caso a repetição for reincidente, feita duas ou mais vezes, então este “de novo”, posposto ao verbo, está correto. Exemplo: não se aplicando a boas leituras, ela continua repetindo de novo (pela 2ª e mais vezes) os erros e vícios de linguagem.

Eis mais exemplos de redundâncias, com os respectivos excessos anulados (riscados).

 

  1. É mais melhor rejeitar dez verdades do que aceitar uma mentira” – Allan Kardec.

Comentário: a palavra “melhor” é a forma sintética ao grau comparativo de superioridade do adjetivo “bom”. Referimo-nos isso, também, aos adjetivos “mau”, “grande” e “pequeno” que determinam, igualmente, o grau comparativo de superioridade de modo irregular, em formas sintéticas, respectivamente, dos adjetivos: (mais) mau = pior; (mais) grande = maior e (mais) pequeno = menor.

Nota: todos estes adjetivos dispensam, em suas formas sintéticas: “melhor”, “pior”, “maior” e “menor” o reforço do advérbio “mais”, que denota ideia de acréscimo.

 

  1. Quero estender, também, o meu agradecimento pessoal ao Dirigente desta Casa.

Comentário: ao proferir alguém, da tribuna, a expressão “o meu agradecimento”, de quem mais lhe seria a não ser dele, seu? – Redundância grosseira e, pior, proferida por renomados palestrantes.

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  1. No acidente, teve hemorragia de sangue numa das pernas.

Comentário: em qualquer situação, empregando-se somente a palavra “hemorragia”, já está bem caracterizada a ocorrência de sangue, no paciente, por algum orifício interno ou externo de seu corpo. Dispensa-se, aqui, o complemento nominal “de sangue”.

 

  1. Devido ao sol intenso, ele permaneceu todo o dia de chapéu na cabeça.

Comentário: esse tipo de adorno que ele está usando só pode estar protegendo sua cabeça. Evidente redundância.

 

  1. Para visitar a Capela Cistina, precisou entrar dentro do no Museu do Vaticano.

Comentário: o verbo “entrar” exige a preposição “em” para indicar entrada em algum local e, não, o advérbio “dentro”. Constitui lamentável redundância, sempre evitável; portanto, no exemplo, reiterando, o certo é: entrar no Museu do Vaticano.

 

  1. Trabalhou no acabamento final do livro.

Comentário: a palavra “acabamento” é sinônima de “final” e já lhe completa, por si, o sentido exato em seu complemento nominal: “acabamento do livro”.

 

 

Antonio Nazareno Favarin Antonio Nazareno Favarin
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.

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