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Comentário: as duas formas estão corretas, dependendo do sentido a que queiramos dar-lhes; porém, quando nos sentamos ou somos convidados a nos sentar para uma refeição, uma reunião etc., em referência à mesa, a forma correta será sentar-nos à mesa, significando que nos sentamos numa cadeira, poltrona ou banco, contíguos à mesa. Nesse caso, então, devemos usar a contração a + a = à.

Porém, é comum o uso desse vício de linguagem: “sentar-se na mesa”, usando a contração em + a = na, em vez da forma correta sentar-se à mesa, no sentido de comer, participar de uma reunião etc.; pois, “sentar-se na mesa” significa sentar-se sobre ela.

Convém ressaltar que o verbo “sentar-se” é intransitivo e, também, pronominal; isto é, tem sentido completo e deve ser conjugado com os pronomes “me, te, se, nos e vos”; e “à mesa” é um complemento de lugar que, omitido na expressão, não lhe afeta o sentido que é de “sentar-se”.

Exemplos: – eu me sentei à mesa para escrever este texto sobre Dúvidas de Linguagem;

                 – as pessoas educadas não se sentam “na mesa” para comer, mas à mesa,  isto é, próximas dela.

  1. “À medida em que” ou “À medida que”?

Correto: à medida que.

Comentário: à medida que é uma locução conjuntiva; isto é, estabelece uma conexão entre outros enunciados e equivale à expressão “à proporção que”.

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Exemplo: à medida que lemos obras espiritualistas, mais e mais adquirimos conhecimentos e somos impelidos a vivenciar a Sublime Doutrina de Jesus.

          Nota: não confundamos essa expressão à medida que (“à” craseado) com essa outra: “a medida que” (sem crase), pois têm sentidos totalmente diferentes.

          Exemplo: a medida que os pais tomaram para levar os filhos à Evangelização Infantil, é muito plausível e salutar. Nesse exemplo, a expressão “a medida que” (sem crase no “a”) é sinônima de “atitude”/“procedimento”.

  1. “Porque” ou “Por causa que”?

Correto: porque.

Comentário: a locução “por causa que” não existe. Usemos a conjunção “porque”.

Exemplo: bem-aventurados os pobres, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os corações puros, os aflitos e os pacíficos, os perseguidos por causa da justiça e os caluniados porque irão a Deus.

A expressão “por causa que”, segundo um estudioso da língua, é a senha para “dividir falantes incultos e cultos”; ou, conforme outro gramático, “perguntei isso ‘por causa’ de minha ignorância”, serve para ironizar nosso modo de nos expressarmos e incitar-nos a sermos mais cautelosos e polirmos nossa linguagem.

 

Antonio Nazareno Favarin Antonio Nazareno Favarin
Professor de Português, Revisor de livros de São José dos Campos-SP.

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